sábado, 5 de novembro de 2011

Numerologia: o significado dos números na Bíblia

Melquisedeque e a astronomia

    Jó tinha conhecimentos astronômicos, na sua época, que só 3400 anos depois dele, foram conhecidos por Galileu Galilei, como foi o caso da redondeza da Terra e que ela paira no espaço sideral; e sabia que uma estrela era diferente de um meteoro (Jó 37:12 , 38:31-36).
     Estes conhecimentos só poderiam advir de alguém que tenha tido idade suficiente para ter observado os céus por centenas de anos e registrado estes fenômenos e passagens dos astros.
     E essa pessoa foi Sem (Melquisedeque) que viveu 600 anos.

    Sem viu 7 passagens do cometa Halley, viu 75 ciclos octogonais de Vênus/Terra, viu 7200 luas novas, viu o Dilúvio e o nascimento do arco-íris; viu Sodoma e Gomorra serem destruídas por Júpiter (Amon) e viu muitos outros fenômenos cosmológicos; e ensinou isso e a história do Gênesis a Jó e a outros não mencionados.

     Jó foi contemporâneo de Jacó (2001 a 1855 a.C.), Esaú e do temanita Elifaz, e viveu na terra de Uz, portanto, no século 18º/19º a.C.
     Jó era horeu, e certamente não era israelita, embora o judaísmo tenha o Livro de Jó entre os seus livros sagrados.
     Jó era sacerdote do Deus Altíssimo, segundo a ordem de Melquisedeque, pois, ele tinha, como Noé e Abraão, o poder de bendizer e amaldiçoar; de oferecer holocaustos a Deus e de interceder em oração pelo povo (Jó 1:1,5,6,21,  2:9,11,  3:1-8,  42:7-9).

Numerologia: iniciou-se com Melquisedeque

    Melquisedeque era o nome real e de sacerdote, de Sem.
    Sem era sacerdote do Deus Altíssimo (Gn 9:26 e 14:18).

    Que “Altíssimo” era este?- Era um Deus que estava muito alto nos céus, e que causava temor nos semitas, a ponto de Isaque o chama-lo de Temor (Gn 31:42, 53).
    Este Deus era o Deus das milícias celestes, e a estrela mais destacada desta milícia era Vênus, a mais brilhantes e altíssima das estrelas do firmamento, que causava temor em todos os povos.

    Das observações astronômicas de Sem (Melquisedeque) nutriram-se todos os povos, mas os ímpios corromperam e fizeram mau uso deste ensino. 

    Os magos vindos do Oriente (Babilônia), seguindo a estrela de Jesus (Vênus) vieram a Belém para adorar ao menino Jesus.
Os magos tinham conhecimento desta astrologia e numerologia de Melquisedeque, e usaram desta ciência para identificar a Jesus como o Cristo prometido (Mt 2:2, Dn 1:20,  2:48).

    Paulo, no Novo Testamento, enumera as imagens de homens, de aves, de quadrúpedes e répteis que os ímpios idolatravam, mas não menciona os astros, como objetos de culto contrários a Deus. (Rm 1:19-23, 1Co 1:18-22).
Os astros eram considerados corpos celestiais, enquanto que, os mencionados acima são corpos terrestres (1Co 15:40,41). 
A confecção e culto a imagens de astros também é proibido na Bíblia (Êx 20:4,5), mas, os israelitas consideravam os arcanjos Miguel (Vênus), Gabriel (Marte) e Rafael (Saturno) como entes enviados de Deus.

    A numerologia e a astronomia (antiga astrologia), como estudos e o uso disto para glorificar a Deus, não é condenada na Bíblia; porém, também nisto os ímpios corromperam ao tornarem estes estudos uma obsessão; mais uma de suas idolatrias: uma mania de números para explicar tudo, sem Deus, visando com isso, a serem adivinhos e prognosticadores de coisas por acontecer.

   Houve também falsos videntes israelitas, quando acertavam os seus prognósticos, baseados em sinais e prodígios (de astros, certamente), desviavam o povo para adorarem a estes astros fazendo deles novos deuses. E isto era e é considerado rebeldia contra o Senhor (Dt 13:1-5 e 32:17 ).

    O estudo da astronomia na Antiguidade era basicamente um estudo calcado em números; e estes números estão ligados ao movimento corriqueiro dos astros e aos acontecimentos resultantes destes movimentos. E quando bem interpretados estes dados, possibilitavam interpretar o que iria acontecer.

    Todos os profetas hebreus, além das Escrituras Sagradas, conheciam e discerniam os acontecimentos (passados, presentes e futuros) das milícias celestes que Deus lhes dava a conhecer, através de suas criaturas, os astros.
O maior deles foi Isaías, mas estes conhecimentos astronômicos adquiridos vieram-lhe da soma de observações de muitos outros videntes antes dele, sendo que Melquisedeque foi o primeiro.
     Estes conhecimentos, não conduziram estes videntes-astrólogos hebreus à idolatria e superstições, porque lhes limitavam, nestas ciências, o temor de Deus.
     A presença de Deus através de sua palavra nas Sagradas  Escrituras, eram para estes profetas, o limite entre o verdadeiro conhecimento astrológico e a fantasia enlouquecedora dos ímpios, como acontecia com os babilônios (Is 47:10-13).

    Tanto o profeta Daniel, como João e o evangelista Lucas, disseram que no fim dos tempos, haveria, dos filhos de Deus, sábios que saberiam discernir e interpretar os acontecimentos  desses dias finais (Dn 12:9,10, At 2:17  Ap 13:18).
     Deus não proibiu o dom de vidência (discernimento) no seu povo, se feito em torno de sua Palavra, pois, se fosse assim, não teria havido profetas em Israel, e nem entre os cristãos (a visão do Apocalipse, é vidência, que leva em conta também os astros).

Numerologia: o significado dos números

   “Destes mesmos dias fez Deus a uns grandes e sagrados e a outros pôs no número de dias comuns... ao homem também Deus distinguiu: a uns abençoou e exaltou; a outros santificou e tomou para si; e a outros amaldiçoou e humilhou, e expulsou-os, depois de tê-los separado ... Considera assim todas as obras do Altíssimo. E as acharás duas a duas, e uma oposta à outra”.
   “A Lua em todas as suas revoluções, é a marca dos tempos e o sinal  das épocas. Os dias de festa são determinados pela Lua ...
É farol das milícias celestes; brilha gloriosamente no firmamento dos céus.”  (Eclesiásticos 33:8-15,  42:23-26, e 43:6, na Bíblia Vulgata).
    “Dispuseste todas as coisas com medida, número e peso” diz Agostinho de Hipona (Santo Agostinho)  
   “Ao fim de cada sete anos, farás o ano sabático. E este é o modo do ano sabático”
(*O oitavo ano está implícito em Dt 15:1 conforme a Torá).

     Ao fim de cada 48 anos, encerrava-se estes três modos de calcular o tempo.
     Isto foi assim de 1443 a 712 a.C., quando então houve a reforma do calendário pelo rei Ezequias (2Cr 30:2,10):
          
            Sol ...........48 anos de 360 dias ................ = 17.280 dias
           Vênus ...... 30 anos sinódico de 576 dias  = 17.280 dias
           Lua     (48 anos )  576 meses x 30 dias     = 17.280 dias

  • em 963 a.C. Salomão começou a edificar o Templo de Jerusalém, 480 anos depois do Êxodo em 1443 (1Rs 6:1). 
Isto implica que era o 10º aniversário dos ciclos de 48 anos de Vênus/Terra.
     Em 723 a.C. os dias do ano solar passaram a ter mais cinco dias, de 360 para 365 dias, houve um excedente de 60 dias em doze anos, de 723 a 712 a.C. quando então Ezequias começou a reinar em Judá.
     Os exegetas dizem que Ezequias acrescentou mais um mês ao ano, e  comemoraram a Páscoa no segundo mês, ao invés de no primeiro (2Cr 30:2).
   
Depois, de 722-557 a.C., o mês lunar passou para 30,4167 dias; e o ano solar para 365 dias e o ano  de Vênus para 584 dias:
                     Sol .......48 anos x 365 dias ...........................  = 17.520 dias
                     Vênus...30 anos x 584 dias ..........................   = 17.520 dias
                     Lua: 48 anos = 576 meses x 30,4167 dias   = 17.520 dias

Depois de 557 a.C. o mês lunar passou para 29,5209 dias e o ano solar para 365,25 dias e o ano de  Vênus para 583,92 dias:     
                     Sol .......... 48 anos x 365,25 ................. = 17.532,0  dias
                     Vênus ..... 30 anos x 583,92 ................. = 17.517,6  dias
                     Lua:48 anos = 576 mês x 29,5209 ..... = 17.004,0  dias

*  Depois de 557 a.C.  o ano lunar passou para 354,25 dias este acerto de calendários não teve mais sentido.

     Na Bíblia, dos cinco primeiros livros (Torá) um chama-se “Números”; e o livro da Cabala, surgido no 3º séc. d.C. e que dá significados para os números, é muito prestigiado.

Anfictionia
     Na Antiguidade o agrupamento de 6, 12, 18 e 24 patriarcas de um mesmo clã, em torno de um santuário, constituía-se na maioria das vezes, na formação e manutenção de um povo, tribo ou nação  (ver final do capítulo “52 ano, o Anjo do Senhor”).
     A estas alianças, os antigos gregos deram o nome de anfictionia, exemplo disso foi a aliança pilaico-délfica de Apolo, primeiramente constituída de 12, mais tarde de 24 membros.
     Outra foi a aliança de 12 tribos jônicas em torno do Panionion, consagrada a Posêidon, na qual uma das tribos teve de ser expulsa para manter o número 12.
     Também a dodecápole em Acaia, igualmente com um culto comum a Posêidon; e por fim, os 12 povos da Etrúria com o santuário de Voltumna junto ao lago Bolsen .
    O reino de Argos nasceu com os netos de Abraão, e Ínaco foi  
o  seu primeiro rei, e foram geradas onze gerações depois dele, perfazendo, então, doze gerações do pai de Ínaco, a saber:
Ínaco, Foroneu, Apis, Argos, Criaso, Forbas, Jasão, Esteleneu, Tríopa, Danao, Micenas, Agamenon (*055).
     São enumerados doze descendentes de Adão, a partir da descendência de Sete até ao Dilúvio, que ficaram conhecidos como sendo os "filhos de Deus" (Gn 6:2).
(Sete, Enos, Cainã, Maalaleel, Jerede, Enoque, Matusalém, Lameque, Noé, e Noé gerou três filhos: Sem, Cam e Jafé, que vieram a constituir, cada um, uma nova anfictionia).
     Ismael, filho de Abraão e Hagar, gerou 12 filhos (1Cr 1:29-31).  
     Cinco foram os filhos de Sem, e com Sem, foi de seis a sua clã.
     Jacó teve doze filhos e uma filha, Diná, que gerou a Bela, e Bela foi enumerado como filho de Benjamim para que não houvesse 13 tribos de fato.
    São estes que formaram as 12 tribos de Israel: Rúben, Simeão,Levi, Judá, Dã, Naftali, Gade, Aser, Issacar, Zebulom, José e Benjamim.
     Naor, irmão de Abraão, teve doze filhos (oito com Milca, e quatro com Reumá, sua concubina (Gn 22:20-24).
     Cam gerou quatro filhos, e Cuxe, seu primogênito gerou mais oito, de modo que, a clã de Cam era de doze filhos.
Dessa clã saiu Canaã, que gerou onze filhos, e com ele, a sua clã totalizava doze filhos (Gn 10).
     A clã de Jerameel, primogênito de Hezrom (primogênito de Perez, filho de Judá) era de seis filhos e mais doze netos e bisnetos (1Cr 2:25-35).
     Sesã só teve filhas, e de uma de suas filhas, dado por esposa a Jara,  o egípcio, seu servo, que gerou Atai, e Atai gerou a Natã e mais onze gerações seguintes, que totalizaram doze gerações (1Cr 2:36-41).
    Os descendentes de Noé tiveram o cuidado para que as pessoas muito importantes de seu povo, tivessem a quantidade de seis letras em seus nomes, como foi o caso de:
Kenáan (Canaã), Nachór (Naor), Térach (Terá), Charan (Harã), Abraão, Israel, Reuben (Rubem), Iossêf (José), Efráim, Betuel, Rachel (Raquel), Rebeca, Meléch (rei), Tsédec (casa da justiça), e Shalém (“o Deus de Shem” – Gn 9:26).

    Deus mudou o nome de Abrão para Abraão, "Gn 17:5" e de Jacob para Israel “Gn 32:28” e isto também dá seis letras.
    O nome de Shem (Sem), como sacerdote-rei, era Meléch-Tsédec (Melquisedeque), portanto duas vezes o seis, ou no total doze.
    O próprio Shem foi chamado de Shalém (Salém), e no meio destas letras acrescentou-se “al” (Deus), e isto dá seis letras.

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   Corpos celestiais e corpos terrestres.

  “ Também há corpos celestiais e corpos terrestres; e, sem dúvida, uma é a glória dos celestiais, e outra, a dos terrestres.
Uma é a glória do sol, outra, a glória da lua, e outra, a das estrelas; porque até entre estrela e estrela há diferença de esplendor”  (1ºCoríntios 15:40,41).
 Até o 4º século a.C. não havia distinção entre astros, a não ser pela sua grandeza e luminosidade.
Sol, estrelas, lua, planetas, asteroides eram tudo chamados de astros.
Foram os gregos os primeiros a classifica-los e distinguilos conforme a terem ou não luz própria; e a serem ou não o centro de uma comunidade de astros, em que tais astros circulavam a sua volta.
Estas classificações passaram a ser aceitas na Judéia, em torno do ano 50 d.C. conforme se presume deste ensinamento de Paulo citado acima.

Os povos da Antiguidade, tanto os judeus (e os primeiros  cristãos) quanto os gentios (pagãos) acreditavam que os astros (Sol, Lua, planetas, estrêlas) tinha vida anímica  (dotados de alma e capazes de agir segundo uma finalidade).

Os gentios (pagãos) consideravam estes astros como deuses,
já os judeus e os primeiros cristãos, os tinham como anjos de de Deus.

Os principais anjos para os judeus e os primeiros cristãos eram  sete: o arcanjo Miguel (Vênus), Gabriel (Marte), Rafael (Saturno), Uriel (Seth, Apep: planeta destruido X4), Baliel (Júpiter), Ithuriel (Mercúrio), Amitiel (Netuno). 

Tais astros ou "anjos do Senhor"  desciam a Terra, travestidos de homens alados (corpos espirituais) para uma determinada missão, como vemos na Bíblia, por exemplo: quando Gabriel toca e fala com Daniel (Dn 9:21, 10:12) e quando Miguel e Gabriel falam com Cristo (Dn 12:5-7).
O anjo Gabriel falou com o sacerdote Zacarias  e depois foi levar as boas nova à Maria, mãe de Jesus (Lc 1:11, 26).
 O Senhor Deus (Cristo Jesus) e mais os dois principais anjos seus, Miguel e Gabriel, apareceram e falaram com Abraão, travestidos de homens espirituais (Gn 18:2).

Até ao cativeiro babilônico os judeus não tinham nomes definidos para estes sete anjos, como os tinham os babilônios. Depois do exílio, passaram a nominar os seus anjos e identifica-los com os planetas, na tradição judaica.
Os deuteronomistas (sacerdotes e escribas judeus) foram os responsáveis por uma forte oposição à astrologia e a numerologia dos povos gentios (pagãos) a partir do 5º séc. a.C., pois, corriam o risco de o judaismo ser engolfado pelo zoroastrismo (a religião oficial do Império Persa), e conservaram somente as designações Miguel, Gabriel e Rafael nas Escrituras Sagradas, sem relaciona-las com os respectivos planetas.

  E para isso, basearam-se no Pentateuco (os cinco primeiro livros da Bíblia, chamados também de Torá), das quais as principais passagens sobre isso é Dt 17:3,  Lv 26:30  que proibia os judeus de consultarem os astros e de fazerem prognósticos e adivinhações, como resultados destas  consultas.

 Deus não proibiu o estudo astrônomico. Deus proibiu foi o culto, a adoração e a consulta (o falar e ouvir) aos astros.

Na Antiguidade a astronômia era chamada de astrologia. E nesta astrologia misturavam-se a "lógica" ou a razão do movimento dos astros, com a religiosidade e a história.
Hoje, há diferença fundamental entre Astronômia e Astrologia.
E é esta Astrologia praticada hoje  (quiromância, necromância, tarô, prognósticos, adivinhações, bruxarias, paranormalidade, telepatia,  etc.) e que no passado estava misturado com a ciência astronômica, que Deus proibe e condena.

Querubim é um dos anjos mais brilhantes, simbolizado no firmamento pelo astro que mais brilha, depois do Sol e da Lua, visto da Terra, que é a Estrela da Manhã  ou Vênus (Noga).
Esta era a estrela de Jesus, que também era chamada de estrela de Jacó,  estrela de Davi, e Miguel  pelos israelitas (Mt 2:2, Ap 22:16, Nm 24:17, Jó 38,6,7, Is 9:2, Lc 1:79, Dn 10:13 , 12:1).
O caminho ou o tempo de vida que o homem tem para  crer em Deus e conhecê-lo está estipulado entre 1-80 anos (Sl 90:9-12).
Este também é o tempo, de 75 a 79 anos, que o cometa Halley descreve a sua  órbita, em torno do Sol.
Ele é espada revolvente, a que guarda o caminho da árvore da vida (Gn 3:24).

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