Modificações na Bíblia
Constantes modificações na Bíblia, ao longo destes últimos 2500 anos, dificultam visualizar a verdade dos fenômenos cósmicos ocorridos.
Estas modificações foram feitas com a finalidade de atualizar o texto às novas ideias e concepções vigentes, e também é enfocado pelo que se vê hoje e não pelo que foi visto pelos nossos antepassados. Citamo-las a seguir:
1) Lameque diz que pelo seu crime duplo, em que matou o patriarca Caim, e ao seu filho (filho de Lameque) Tubal Caim), e ele seria punido 7x77 (Gn 4:24 conforme a Torá*), e não 7x70 como está na Bíblia cristã.
2) Deus faz misericórdia até duas mil gerações para aqueles que o amam e guardam os seus mandamentos (Êx 20:6 conforme a Torá) e não mil gerações como está na Bíblia Cristã
*A Torá são os cinco livros que Deus deu a Moisés no monte Sinai. A Tora é mantenedora da Palavra de Deus.
A Bíblia tem que ser uma cópia fiel da Torá (Pentateuco, e nos demais livros do Antigo Testamento), pois a fé cristã não se baseia só no Novo Testamento, mas também no Velho Testamento, que foi dado aos israelitas.
3) Em “brilhou a luz de Noga (Vênus)” foi suprimido Noga na Bíblia cristã (Is 9:2);
4) Alterou-se o sentido da trajetória que o Sol fez no Êxodo, que era dito do “oeste para o leste”, para simplesmente “oriente” (Nm 2:3 , 34:15 , Js 19:12).
5) Há um caso de má interpretação dos teólogos que querem que “Ap 18:7,8” seja uma interpretação de “Is 47:8,9”.
Há um erro de transcrição na Bíblia: não é “Eu só, e além de mim não há outra” e sim “Eu sou, e além de mim não há outra” (Is 47:8).
6) A Sociedade Bíblica do Brasil (SBB) na tradução da Bíblia na Nova Tradução da Linguagem de Hoje (NTLH):
6:1) Substitui-se “caiu grandes pedras dos céus” na ocasião em que Josué dava combate aos cananeus, por “grandes pedras de gelo” (Js 10:11).
6:2) “Porque, se alguém julga ser alguma coisa (ter um dom do Espírito Santo), não sendo nada, a si mesmo se engana”.
A SBB substituiu por “A pessoa que pensa que é importante, quando, de fato, não é, está enganando a si mesmo” (Gl 6:3,).
*Nosso comentário:
Todas as pessoas são importantes pra Deus, e muito mais ainda todo aquele que crê em Cristo, pois ele, nos considerou tão importantes que deu a sua vida por nós.
Paulo não está falando propriamente de “ser importante”, ele está se referindo que se alguém crê que o Espírito Santo lhe deu um dom especial (Rm 12:3-8) prove isso com labor, e então terá motivo de gloriar-se unicamente em si e não em outro (Gl 6:4).
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6:3) “Tendo acabado o vinho, a mãe de Jesus lhe disse:
Eles não têm mais vinho.
Mas Jesus lhe disse: Mulher, que tenho eu contigo?”.
A Bíblia católica (Vulgata) diz “Mulher, que nos importa a mim e a ti isso”.
A SBB parece querer se aproximar do dogma católico de que Maria é a mediadora entre nós e Cristo e substitui na NTLH por “Não é preciso que a senhora diga o que eu devo fazer”.
*Nosso comentário:
“Senhora” é alguém que exerce autoridade sobre nós, e Maria, por mais agraciada que seja, e pelo maior carinho que a sua memória nos merece, não exerce nenhuma autoridade sobre nós. Poderia se alegar que é assim que nos dirigimos a nossa
mãe... mas, Maria também não é nossa mãe.
6:4) Apocalipse 18:4 diz: “Retirai-vos dela (da Igreja Romana) povo meu, para não serdes cúmplices em seus pecados...”
A Sociedade Bíblica do Brasil na NTLH muda o sentido quando traduz para “Saia dessa cidade, meu povo! Saiam todos dela” .
Parece-nos que a SBB está pronta para aceitar o convite feito pelo papa João Paulo II, para uma reaproximação dos protestantes com a Igreja Romana... e para tanto faz a sua parte: muda a condenação de Deus para com aquela Igreja, pelos seus muitos pecados.
Estamos caminhando para a confecção de uma “Bíblia Ecumênica”?
(onde a adoração a todos os deuses são possíveis... onde todos os caminhos levam a Deus segundo os ímpios ou “Politicamente Correto” como quer o movimento anticristão Nova Era?).
O tempo da Grande Tribulação se desenrolará de 2014 a 2019, em que as duas testemunhas, a verdadeira Bíblia, serão “mortas” (proibidas) (Ap 11) e em seu lugar vigorará uma Bíblia anticristã.
A cidade que espiritualmente se chamava Sodoma e Egito, em que também Jesus foi crucificado (através dos mártires), dito pelo apóstolo João, no ano 100, era e é Roma (Ap 11:8).
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Nicolaítas: a divisão da Igreja em clero e ignorantes (leigos)
Nos dias de Jesus entre nós, havia disputa entre os discípulos para saber quem era o maior entre eles, e Jesus disse-lhes que entre eles não era assim (pois é costume dos ímpios).
Segundo Jesus, quem deles desejasse ser o maior, deveria ser o menor entre eles, ser servo dos seus irmãos.
Pois, o querer dominar e exercer autoridade sobre os demais era próprio dos gentios, que constituem autoridades sobre eles (Mt 20:20-27).
Jesus novamente voltou a esse assunto, em relação aos escribas e fariseus, condenando as suas más atitudes e a exaltada e arrogante autoridade deles (Mt 23:1-1,2).
217 anos depois da ascensão de Jesus aos céus, alguns dos cristãos de Roma, entre 253-257, fizeram justamente o que Jesus condenou.
E aceitaram a reivindicação do bispo Estevão que proclamou a sua autoridade sobre todos os cristãos do Império Romano.
Paulo já havia profetizado que este anticristo se assentaria no santuário de Deus e se ostentaria como se fosse o próprio Deus (2Ts 2:4).
E João diz onde se localizaria este santuário: nos sete montes onde Roma se situa (e até hoje a cidade das sete colinas é Roma). E a chama também de Egito e Sodoma (Ap 11:8, 17:9)
Por volta do ano 100, João escreve à Igreja em Éfeso, e os elogia pelo seu labor, perseverança e por porem à prova os “nicolaítas”.
Estes nicolaítas eram homens maus, mentirosos, que a si mesmos se intitulavam apóstolos e que não eram (Apóstolos aqui, tem o sentido de presbíteros, a quem cabia a tarefa de ministrar a Palavra).
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João odiava as obras desses nicolaítas, tanto quanto os cristãos de Éfeso a odiavam também.
E critica os cristãos de Pérgamo porque dão ouvidos a esses falsos profetas (Ap 2:2,6,12-15).
Nicolaítas vem de nikao e laos que significam: nikaos = conquistar, e laos= laicato, leigo, ignorante.
E refere-se à ordem mais primitiva da noção de uma ordem sacerdotal ou clero, que mais tarde dividiu uma fraternidade de irmãos iguais, os cristãos, em sacerdotes e leigos.
Esta obra odiosa dos nicolaítas, odiada por João, e que foi bem sucedida em Pérgamo, onde estava o trono de Satanás, tinha sofrido, décadas antes, uma séria advertência de Pedro para que...
“Não sejais dominadores sobre a herança de Deus” (1Pe 5:3).
Herança é kleeron em grego e significa clero.
Todos os filhos de Deus recebem o título de herança (clero) de Deus, ou “povo de propriedade exclusiva de Deus”.
São nação santa, com a finalidade de serem sacerdotes de Deus e com isto, estarem aptos para proclamarem as virtudes de Cristo (1Pe 2:9 , Ap 20:6, Mc 16:15).
Em nenhuma parte do Novo Testamento é dito que o sacerdócio estava restrito a somente uma parte dos membros da Igreja.
Logo, se conclui que grande parte dos membros da Igreja, pejorativamente chamados de leigos ou ignorantes, foram lesados em seu direito primordial de serem sacerdotes de Cristo.
A Igreja Romana divide os seus seguidores: em clero e leigos; mas, também há igrejas evangélicas que sutilmente procedem desta forma.
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Natal em 25 de Dezembro: Verdade ou Mentira?
Jesus é a Verdade, a Verdade em si mesmo, e a expressão da Verdade de Deus-Pai (Jo 14:6);
“conhecereis a Verdade e a Verdade vos libertará” (Jo 8:32).
Jesus sempre iniciava as suas afirmativas assim: “em verdade em verdade vos digo”.
Não pode haver um mínimo de erro em Deus, nem no seu filho Jesus... porque se houvesse, já eles não seriam perfeitos... e Deus é perfeito. E a inverdade é erro.
Jesus disse a Pilatos:
“Tu dizes que eu sou rei. Eu para isso nasci e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz.”
Pilatos, pouco caso fazendo da verdade, de forma irônica e arrogante, contrapôs:
“O que é a verdade?” Pilatos: pouco depois disse a Jesus (que se mantinha em silêncio diante dele): “Não sabes que tenho autoridade para te soltar ou para te crucificar?”
Jesus lhe disse:
“Nenhuma autoridade terias sobre mim, se de cima não te fosse dada...” (Jo 18:33-40, 19:10,11).
Muitos ministros da Palavra há, que agem como Pilatos, e estão pouco se importando pra Verdade.
Sabem que o nascimento de Jesus não ocorreu em 25 de dezembro (nem perto disto), pior ainda: sabem que nesta data os pagãos romanos comemoravam o nascimento do deus Sol numa flagrante idolatria contra Deus.
E tais “autoridades” da Palavra, insistem em contentar a Mídia, que não abre mão do “consumismo” que se faz neste dia.
E também, não querem tais autoridades passar por ridículos, preferindo seguir a mentira, a seguir a verdade (por terem durante centenas de anos ensinado que o Natal é em 25 de dezembro, conforme o ensino papal).
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Outros há ainda, que também procedem como Pilatos, se omitindo, lavando as mãos diante da verdade.
E fazem pouco caso disto, não lhes importando o que o povo pensa a respeito deles... que são mentirosos também.
Há no mundo, 1,5 bilhão de pessoas que vivem na mais absoluta miséria, e não tem mais que um prato de comida no dia... quando tem.
Há no mundo 3 bilhões de pessoas que não podem se presentear, pois não tem recursos para isto.
Quis Deus que Jesus nascesse numa manjedoura, num estábulo num lugar pobre e humilde ... será que foi por acaso?
– Evidente que não. Deus nada faz por acaso.
Certamente, a vida humilde e este nascimento humilde de Jesus está vinculada com a humildade e a pobreza de seus seguidores (podem até ser ricos eventualmente, mas, tem que terem tais riquezas como se não as tivessem, e usar de toda esta riqueza para edificar o reino de Deus... e não para humilhar os pobres, os desafortunados).
É um escracho, uma gritante humilhação, o que fazem os ímpios ricos (idólatras) com os pobres, neste mentiroso dia de Natal, em 25 de dezembro.
Muitas crianças pobres ficam traumatizadas pro resto da vida, por não ganharem presentes, e por não poderem participar com os seus familiares, de churrascadas, perusadas, beberagens,
etc., neste dia fatídico de Natal.
Depois, muitos deles, tornam-se delinquentes...(e isto, muitas vezes, teria começado no dia de Natal)... daí, não adianta recriminá-los, ao sofrerem danos por parte deles, se tais ímpios
os levaram a este constrangimento, durante toda as suas vidas sofridas.
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Muitas destas crianças traumatizadas, rejeitarão para sempre este Jesus, festejado pelos idolatras em 25 de dezembro, pela dor e humilhação que lhes causou tais festas do nascimento de Jesus.
Ai daquele que escandalizar a um desses pequeninos, e o fizer se perder. Melhor seria atar uma pedra de moinho ao pescoço e se afogar na profundeza do mar (Mt 18:2-6).
O verdadeiro seguidor de Cristo, quer seguir a tais idólatras, e quer participar ainda desta mentira? – Ou prefere pecar de outra forma... omitindo-se?
Natal: Jesus nasceu seis dias antes da Páscoa
Jesus fazia aniversário no dia oito de abibe, seis dias antes da Páscoa, conforme o que se deduz dos evangelhos (Lc 2, Jo 12):
“Quando ele atingiu os doze anos, subiram a Jerusalém, segundo o costume da festa (da Páscoa).” (Lc 2:41,42)
Os preparativos da festa da Páscoa, em Jerusalém, começavam em 10 de abibe (março/abril). No dia 14 era a Páscoa. Do dia 15-21 era a santa convocação. No dia 16 iniciava-se a semana dos pães asmos (Dt 16:5-8, Êx 12).
Jesus atingiu a idade de doze anos no dia 8 de abibe e estava apto para subir de Nazaré na Galiléia para Jerusalém, como de fato subiu com seus pais.
Esta viagem a pé e em lombos de burros deve ter demorado de três a cinco dias, pois eram 120 km de subida de montes, mas, certamente chegaram a tempo de prepararem a Páscoa.
“Segundo o costume da festa” era recomendado que não se levassem a Jerusalém, nesta ocasião da Páscoa, menores de doze anos, a fim de que não se extraviassem, porque esta cidade que tinha cerca de 120.000 habitantes, ficava atulhada de peregrinos e sua população subia para mais de dois milhões de pessoas, segundo o historiador Flávio Josefo.
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As cidades circunvizinhas a Jerusalém, como Belém, Betânia, Anatote, Geba, Micmas, Mispa, etc., ficavam também superpovoadas, pois além dos moradores naturais da terra, acolhiam os parentes, e estrangeiros e peregrinos excedentes da festa da Páscoa em Jerusalém.
Isto também aconteceu quando Jesus nasceu, ao ponto de sua mãe, Maria, ter que concebê-lo numa estrebaria de Belém (também naquele ano, coincidentemente, se realizava o recenseamento).
E também aconteceu na semana que antecedeu à sua crucificação, quando então, Jesus ia e vinha naquela semana, entre Betânia e Jerusalém (Mc 11:1,11,12,15,20 e 14:3,13,17,26,32).
Seis dias antes da Páscoa, os amigos de Jesus: Marta, Maria,
Lázaro e os apóstolos deram uma ceia à ele, e lhe deram de presente e o ungiram com uma libra de bálsamo puro, que era de muito valor (Jo 12:1-5),
“...Os pobres, sempre os tendes convosco, mas a mim nem sempre me tendes” (Jo 12:8). Isto é uma alusão de que naquele dia Jesus estava fazendo aniversário, e comemorando com eles, e isto era mais importante do que qualquer outra coisa.
João e Lucas, por sabedoria, mencionam subjetivamente a data natalícia de Jesus como sendo seis dias antes da Páscoa, ou aproximadamente isto (Jo 12:1-5, Lc 2:42).
Segundo Lucas, este nascimento se deu na primavera (no hemisfério norte a primavera transcorre de 23 de dezembro a 22 de março), antes do inverno, pois, os pastores ainda estavam no campo, e por isso as estrebarias estavam vazias e puderam acolher Maria e José.
E Maria ali deu a luz a Jesus, e o pôs numa manjedoura.
A Páscoa se realiza já quase no fim da primavera.
O anjo do Senhor deu a notícia do nascimento de Jesus aos pastores que viviam no campo e guardavam o seu rebanho durante as vigílias da noite (exceto no inverno, quando ocupavam as estrebarias com o seu gado) (Lc 2:8-14).
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O Natal em 25 de dezembro era uma festa dos pagãos romanos, e era dedicada ao nascimento do seu deus Sol.
Deus abomina todos os ídolos mas, principalmente esta festa de culto ao sol (Lv 26:30).
Os pagãos da Síria, nos dias 25 de cada mês, ofereciam holocaustos a seus deuses (1º Macabeus, 1:62).
Também não poderia ter sido o nascimento de Jesus, porque era inverno e nesta estação os pastores não ficavam com seus rebanhos no campo, mas traziam-nos para a invernada nos estábulos. Se fosse a invernada do rebanho, nem na estrebaria
haveria lugar para Jesus nascer, disse Adam Clarke (*146).
Jesus nasceu numa estrebaria ou numa casa?
Jesus nasceu em Belém, numa estrebaria, seis dias antes da Páscoa. (Lc 2:41,42 e Jô 12:1-5).
Realizava-se então o primeiro censo na Palestina; José e Maria
estavam ali, em Belém, para alistar-se.
Esta alistagem não era uma coisa demorada, a ponto de entulhar uma cidade, além do que, este censo deve ter sido executado por um ano inteiro, bem ao contrário da festa de Páscoa que é o que acontecia nesta ocasião e que durava onze dias. No ano 13 a.C. quando Jesus nasceu a Páscoa coincidiu com o recenseamento.
Não há incoerência entre as narrações de Lucas e Mateus a respeito do nascimento de Jesus:
Lucas descreve este nascimento e a residência inicial e provisória de Jesus numa estrebaria de Belém (Lc 2:1-8).
Mateus está enfocando a visita dos “magos” a Belém para adorar a Jesus que residia numa casa, (e já tinha dezenove meses; menos de dois anos portanto, e pelo decreto de Herodes tinha que ser morto).
Informa-nos ainda, de que Jesus tendo nascido em dias do rei Herodes, sem precisão de data, portanto, foi aclamado pelos magos como sendo o rei dos judeus.
E depois os seus pais fugiram com Jesus para o Egito.
Mateus por oito vezes classifica Jesus de menino, neste capítulo (Jesus tinha então, 19 meses) (Mt 2).
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Quirino e o ano do nascimento de Jesus
Lucas diz que Jesus nasceu quando Quirino era governador da Síria.
Quirino era uma alcunha dada a Rômulo, rei de Roma, 747-715 a.C., que o historiador Plutarco reconhecia como um significado de Marte (*147).
Muitos proeminentes cidadãos do império romano utilizaram-se desta alcunha “Quirino”.
Segundo alguns historiadores, Quirino, antes de ser governador na Síria em 6 d.C. (Lc 2:2), foi adido militar romano na Judéia entre 14 a 13 a.C. e ajudou o rei Herodes o Grande a fazer o primeiro recenseamento ou inventário populacional em Israel.
Neste tipo de recenseamento “census” as pessoas tinham que dirigir-se as suas cidades natais.
Diferente, portanto, do “cens” que era um cadastramento fiscal em que se cobrava o imposto nos locais onde as pessoas residiam (*148), e não importava se tinha ou não nascido nelas, como foi o caso quando Jesus e Pedro pagaram este imposto “cens” em Cafarnaum (Mt 17:24-27 , 22:15-22).
Flávio Josefo diz que tão logo Quirino promoveu o “cens” ou cobrança de imposto na Judéia, em 6 d.C., explodiu levantes de vários grupos judaicos, entre eles o de Teudas e seus quatrocentos homens e o de Judas Galileu (At 5:36,37).
Por causa disto, Arquelau foi deposto e sua tetrarquia passou à administração direta de Roma, que a governou através de procuradores; e o primeiro nomeado foi Copônio em 6 d.C. (*149).
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Quirino foi governador em 6 d.C. e não podia ter havido um inventário populacional, pois a Judéia estava num caos.
Além disto, Herodes o Grande, e não o tetrarca Arquelau, era o rei da Judéia (Lc 1:5, Mt 2:1).
Com base neste census, ou inventário populacional, ocorrido entre o ano 14/13 a.C. o rei Herodes teve condições de saber quem tinha menos de dois anos de idade em Belém (Mt 2:7,16).
Justo Pérez de Urbel, 1895-1979, beneditino, professor de História Medieval na Universidade de Madrid, diz em seu livro “Nascimento de Cristo” que Sulpício Quirino, segundo os anais de Tácito, foi duas vezes governador da Síria, e o seu primeiro consulado se deu em 12 a.C.
Quirino foi preceptor de Gaio César, sobrinho do imperador César Augusto. Foi valente guerreiro, combatendo os rebeldes homônades e vingando a morte de Amintas (37-25 a.C.), tetrarca da Cilícia (que fazia parte do legado da Síria).
Quirino foi governador na Armênia e prestou inestimáveis serviços ao Império.
Tertuliano, cristão de Cartago, foi notável jurista em Roma, além de historiador e diz em seus livros, que este recenseamento efetuado quando Jesus nasceu, ocorreu no legado de Cêncio Saturnino, na Síria, entre 8 a 6 a.C. (* 150).
Não há registros de insurreição em Israel, entre 20 a 6 a.C., até porque ninguém era louco o suficiente, para enfrentar o sanguinário e tirano rei Herodes o Grande.
Depois disto, com a morte de Herodes, houve desordens e insurreições em Israel, entre 6 a.C a 6 d.C.
Não seria por isso recomendável fazer-se um census, recenseamento populacional, em que todas as pessoas teriam que se deslocar por Israel a fim de irem se alistar em suas cidades natais.
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Tão logo Herodes morreu em 6 a.C. os seus filhos foram à Roma pleitear as suas heranças, junto ao Senado e ao Imperador.
Houve um interregno de dois anos, entre o pleito, julgamento, e o cumprimento deste julgamento.
Neste tempo estabeleceu-se a desordem em Israel.
Varo, governador da província romana da Síria, veio à Judéia, pouco depois da morte de Herodes, para abafar um levante, e o fez com tamanha crueldade e tenacidade, que não hesitou em crucificar dois mil revolucionários em Jerusalém.
E dispersou o restante com muita matança.
Em 4 a.C. Arquelau, filho de Herodes, assumiu o governo de sua tetrarquia na Judéia. (*151).
Diz o texto bíblico que José temeu pela segurança de sua família quando voltou do Egito, por causa da desordem reinante em Jerusalém, entre 6 a 4 a.C.
Por isso não ficou em Belém, que distava 30 km de Jerusalém e foi para Nazaré na Galiléia, distante uns 120 km (Mt 2:19-23).
É dito neste texto (vs.22) que José temeu a Arquelau, que governava a Judéia em lugar de seu pai Herodes.
Se fosse assim, José também deveria temer ir para a Galiléia, pois ali governava Herodes Antipas, que era também filho de Herodes o Grande.
José e Maria vieram de Nazaré na Galiléia para Belém, e em Belém lhes nasceu Jesus (Lc 2:4).
Logo, o que José fez quando retornou do Egito foi simplesmente voltar para a sua residência antiga em Nazaré, que era uma cidade pequena e interiorana, e menos suscetível as desordens e rebeliões sócias que estavam ocorrendo.
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A matança dos inocentes
O rei Herodes, o Grande, tendo consultado os principais sacerdotes e os escribas judeus, ficou sabendo que o rei dos judeus que livraria Israel de todos os seus inimigos nasceria em Belém de Judá, e para lá encaminhou os magos, sob o compromisso de eles voltarem a Jerusalém e o informar a respeito deste menino-rei.
Os magos seguiram para Belém e vendo a “estrela de Jesus” (Vênus) indicando onde estava o menino, alegraram-se com intenso júbilo.
Entrando na casa viram o menino com Maria, sua mãe, adoraram-no e presentearam-no com ouro, incenso e mirra.
Depois, advertidos divinamente em sonhos, não voltaram à presença de Herodes, conforme o combinado, e regressaram à sua terra, o Oriente, por outro caminho.
Herodes enfureceu-se e mandou matar todos os meninos de Belém e arredores, que tivessem menos de dois anos de idade (Mt 2:1-16).
Esta atrocidade de Herodes em trucidar a mais de mil meninos de Belém, tem muito a ver com o seu paganismo, além de seu caráter truculento.
Herodes era idumeu (pagão) e se converteu ao judaísmo por conveniências: continuou e incentivou o culto ao imperador romano e cultuava os astros e todas as milícias celestes, e com isso, continuou atolado no misticismo e superstição.
Neste ano, 12 a.C., aconteceu o 512º ciclo octogonal de Vênus e Terra, na conjunção inferior, e também a 54ª passagem do cometa Halley; e isto era um mau presságio de péssimos acontecimentos a vir em breve, para os místicos, como Herodes.
Os governantes pagãos costumavam “aplacar a ira” desses deuses-astros com sacrifícios humanos.
Em Canaã sacrificavam-se crianças que eram queimadas no interior das estátuas de Moloque e Tofete. (Jr 7:31 e 32:35).
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Também faziam guerra a seus inimigos, e reis mandavam assassinar os seus inimigos pessoais, como foi o caso de César Augusto em 43 a.C. que executou os inimigos que participaram do assassinato de Júlio César (nesta ocasião aconteceu o 508º ciclo octogonal de Vênus/Terra, e Vênus).
O imperador Nero, em 66 d.C. por ocasião da passagem do cometa Halley mandou executar alguns nobres da corte romana, aconselhado que foi por seu astrólogo Balbilus, a fim de contornar a ameaça de um mau presságio.
Também o rei Herodes não escapou destas superstições, e mandou trucidar os meninos de Belém, aproveitando-se da motivação menor que era a de eliminar um rival ao seu trono, o menino Jesus.
Se esta morte do menino-rei fosse a verdadeira intenção de Herodes, bastava que alguém de sua confiança fosse a Belém, acompanhando os magos, e ali, eliminasse de vez com aquele rival indefeso.
Esta matança de Herodes, idumeu, parece-se muito com a matança que Faraó (rei da coligação dos hicsos, dos quais os idumeus faziam parte) ordenou de todos os meninos recém-nascido dos hebreus (entre eles estava Moisés) em 1523, quando acorreu o 323º ciclo octogonal de Vênus/Terra (Êx 1:22).
Concepção e nascimento de Jesus
O nono mês da gestação de Jesus se completou em 8 março/8 de abril do nosso calendário (ou 8 de abibe no calendário israelita) ou seis dias antes da Páscoa do ano 13 a.C., dia em que Jesus veio à luz. Logo ele foi concebido em 8 de junho/8 de julho (8 de Tamuz, no calendário israelita) do ano 14 a.C.-
Os judeus contavam os anos da idade de uma pessoa a partir da sua concepção.
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O nascimento de Jesus foi numa estrebaria em Belém, seis dias antes da Páscoa (Jo 12:1-5, Lc 2:41,42), em 8 de Março de 13 a.C.(ano 14 se considerado o “ano zero”) e nesta ocasião se realizava um recenseamento na Palestina.
E quando tinha vinte e dois meses de vida, em 3 de janeiro do ano 11 a.C. (ano 12 se considerado o “ano zero”) ele foi visitado e adorado pelos magos numa casa em Belém, guiados que foram estes magos pela estrela de Jesus.
Vênus, a brilhante Estrela da Manhã é esta “estrela” de Jesus (Mt 2:2,7,10, Ap 22:16, Nm 24:17, Jó 38:6,7).
Em Roma (e também na Palestina), registrou-se a passagem do cometa Halley durante as três primeiras semanas de outubro do ano 12 a.C., destacando-se que foi muito brilhante esse cometa. Foi visível mesmo durante a lua cheia em 4 de setembro e 3 de outubro de 12 a.C. Nos registros chineses os astrônomos assinalaram a presença a presença do cometa Halley na constelação de Gêmeos em 25/08/12 a.C. (*152).
Em 3 de janeiro do ano 12 a.C. aconteceu o 512º ciclo octogonal de Vênus e Terra. (conjunção inferior, quando Vênus cruza a órbita da Terra).
Neste dia os Magos vindos do Oriente, guiados que foram por esta estrela de Jesus (Vênus), adoraram ao menino Jesus em Belém (Mt 2:2,10). A Igreja Grega Ortodoxa comemora este “dia dos reis magos” em 6 de janeiro.
Vênus, em 3 de janeiro de 12 a.C. visto da Terra, por estar sobreposto a esta passagem simultânea do Halley, e num ângulo favorável, ficou mais brilhante do que o normal.
Plotino transcreveu em "Harmonia" o pensamento de Amónio Sacas, filósofo grego de Alexandria (175-242) que afirmava que Jesus vivera sete anos no Egito, desde que seus pais fugiram para lá por temerem a Herodes.
Tão logo Herodes morre, no ano 4 a.C., eles retornam pra Judá. Jesus então teria nove anos (contando que ele ao sair de Belém tinha vinte e dois meses; mais sete anos no Egito; mais dois meses de percurso de ida e vinda de Judá/Egito/Judá).
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Adicionando-se 4 a.C. à estes nove anos, teremos o total de 13 anos; ou seja, Jesus nasceu treze anos antes do atual calendário (*153).
Jesus e o seu 50º aniversário
“... até que cheguemos todos à unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, ao estado de homem perfeito, segundo a medida da idade completa de Cristo; para que não sejamos meninos flutuantes, e levados ao sabor de todo o vento da doutrina...” (Ef 4:13 na Vulgata).
“... da idade de 30 anos para cima até aos 50 anos será todo aquele que entrar neste serviço, para exercer algum encargo na tenda da congregação.” (Nm 4:3,23,30,35,39,43,47).
“Respondeu-lhes João: Eu batizo com água; mas, no meio de vós (sacerdotes e levitas), está quem vós não conheceis (eles conheciam a Jesus, mas, não o conheciam ainda como o Messias).” (Jo 1:19,26).
“Ora, tinha Jesus cerca de trinta anos ao começar o seu ministério. Era como se cuidava (zelava: que tivesse essa idade para exercer o ministério no Templo – Nm 4:3)” (Lc 3:23).
Lucas, acima, está comentando o início do ministério de Jesus, e não o seu batismo. O batismo de Jesus ocorreu no início do ano 33, quando ele tinha 46 anos; e o seu ministério iniciou-se no ano 17 quando Jesus tinha 30 anos.
E logo a seguir, Lucas de certa forma justifica esse ministério, fornecendo a genealogia de Jesus.
Disse Cristo aos judeus que o inquiriam e duvidavam dele: “Abraão, vosso pai, alegrou-se por ver o meu dia, viu-o e regozijou-se (Jesus estava também se referindo, subjetivamente, a sua visita a Abraão, 2094 anos antes - Gn 18).
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Perguntaram-lhe, pois, os judeus: Ainda não tens 50 anos e viste Abraão?- Respondeu-lhes Jesus:
Em verdade, em verdade eu vos digo: antes que Abraão existisse, EU SOU.”
(Êx 3:14)(Jo 8:56-58).
Esse diálogo entre Jesus e os judeus ocorreu em Jerusalém, no último dia da Festa dos Tabernáculos, que se realizou no sétimo mês do ano 35, portanto, cinco meses antes da crucificação de Jesus no ano 36 (Jo 7:2,10,14,37 e 8:1,2,56-58).
Jesus nesta ocasião tinha 48 anos, e os levitas e sacerdotes judeus conheciam isto, porque Jesus serviu no Templo, no meio deles, dos 30 aos 43 anos (Jo 1:19,26,29-33).
Além do que, os judeus não poderiam ser tão maus fisionomistas a ponto de não saberem distinguir a diferença de uma ou duas décadas na aparência de uma pessoa.
Errar de um a cinco anos na avaliação da idade de uma pessoa é possível, mas, dez ou vinte anos já é pedir demais.
Também, naquela época, as pessoas se conheciam melhor.
As cidades eram menores. Jerusalém não tinha mais do que 120.000 habitantes. Não havia poluição visual, e, portanto, não é possível que uma pessoa tendo trinta ou quarenta anos fosse ser confundida com uma de cinquenta.
Os samaritanos impediram a Jesus de ficar em seu território, por causa do seu aspecto ...(Lc 9:51-53).
Os samaritanos nisto, estavam mais próximos do quadro do Messias, descrito por Isaías (Is 53) do que os “cristão-festeiros” de Roma, do 4º séc. d.C. que descreveram um Jesus “trintão e belo”.
Os judeus também eram bons fisionomistas e viram que Jesus tinha 49 anos pouco antes de ser crucificado.
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Outro episódio que atesta que Jesus estava próximo dos 50 anos foi que no ano anterior, estando próxima a Páscoa do ano 34, quando Jesus ainda não tinha 47 anos, Jesus referindo-se à sua missão e subjetivamente também a sua idade, e aos três dias que o seu corpo estaria no sepulcro, disse aos judeus:
“Destruí este santuário, e em três dias eu o reconstruirei. Replicaram os judeus: - Em 46 anos foi edificado este santuário, e tu, em três dias o levantarás?” (Jo 2:13,19,20).
Há três Páscoas citadas no evangelho de João, sendo que a primeira não é mencionada nos quatro anos que Jesus pregou o Evangelho: as do ano 33, 34, 35 e 36 quando ele foi crucificado (Jo 2:13, 6:4, 13:1).
As obras de ampliação do Templo e de sua área sagrada iniciaram-se em 20 a.C. por ordem de Herodes, o Grande. Elas eram um complexo de magníficas construções sacras, a ponto de deixar extasiados os discípulos de Jesus (Mc 13:1) (*154).
Toda esta admiração dos discípulos estava vinculada a finalização de todas as obras do Templo.
Estas obras levaram 46 anos para ser concluída no ano 33 (mais sete anos de paralização) quando Jesus tinha 46 anos.
Este magnífico Templo tinha a promessa de Deus que este último Templo seria maior do que o primeiro, e ali, Ele daria a sua paz (Ag 2:3,9), e esta paz é Jesus Cristo (Zc 3:8,9).
Jesus foi batizado no ano 33
Tinha Jesus cerca de trinta anos ao começar o seu ministério, e isto não tem nada a ver com o seu batismo por João Batista (Lc 3:23).
Jesus somente foi batizado após todo o povo ter sido batizado (Lc 3:21).
João Batista começou a batizar ao povo, no décimo-quinto ano do reinado de Tibério César, em 29 d.C. (Lc 3:1-3).
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Admite-se hoje que há um erro no nosso calendário gregoriano de seis a vinte anos.
Jesus teria nascido em 6 a.C.
Logo, aceitando-se a afirmação errônea que o batismo de Jesus se deu no ano 29, isto implicaria que Jesus teria 35 anos ao ser batizado e ao iniciar o seu ministério. E 39 anos ao ser crucificado.
Mas, o erro é de treze anos, pois, Jesus foi concebido no sexto mês do ano 14 a.C., e veio à luz no terceiro mês do ano 13 a.C.
Se João Batista levou cinco minutos para batizar cada pessoa, então no final de um dia de oito horas (mais duas de pregação) teria batizado 96 pessoas.
E batizando em todo um ano, atingiria 35040 pessoas.
E no final de cinco anos 175.200 pessoas. E esta cifra final corresponderia a 10% de toda a população que vivia nas circunvizinhanças do rio Jordão (Lc 3:3).
E só depois Jesus foi batizado, no ano 33, aos 46 anos de idade. Neste ano ocorreu o 52º ano da conjunção Júpiter/Vênus/Lua. (ver capítulo “52º ano, o Ano do Senhor”).
Prisão e decapitação de João Batista
Em 34 faleceu o tetrarca Filipe (Felipe, Herodes Antipas e Arquelau eram irmãos e filho de Herodes o Grande).
A mulher de Filipe, Herodias, neta de Herodes o Grande, casou-se novamente, com Herodes Antipas.
João Batista admoestou a Antipas de que lhe era ilícito possuir a mulher de seu irmão.
Herodias enfureceu-se e Antipas mandou encarcerá-lo.
Por ocasião da festividade natalícia de Antipas, no ano 35, a filha de Herodias, dançando, agradou a Antipas, e ele prometeu dar-lhe qualquer coisa que pedisse.
Ela, instruída por Herodias, pediu a cabeça de João Batista num prato.
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Herodes Antipas entristeceu-se porque ele temia e escutava de boa mente a João Batista. Mas, não querendo voltar atrás, pela palavra empenhada em meio aos seus convidados, acatou ao perverso pedido e mandou decapitar João (Mc 6:17-28).
A ilicitude de Herodes Antipas, denunciada por João Batista, estava prevista na Lei de Moisés:
“Nenhum homem se chegará a qualquer parente de sua carne, para lhe descobrir a nudez” , “não descobrirás a nudez da filha da mulher de teu pai (e avô), gerada de teu pai, ela é tua irmã” ,
“a nudez da mulher de teu irmão não descobrirás, é nudez de teu irmão” (Lv 18:6,11,16).
Casar-se também com a mulher de um irmão falecido era ilícito, a menos que fosse para cumprir a Lei do Levirato e lhe gerar descendência, que não era o caso, pois, Filipe deixara descendente (Dt 25:5-10).
A penalidade para o adultério era a de serem mortos por apedrejamento (Lv 20:10), que não foi o caso de Antipas, pois seu irmão, Felipe, já estava morto.
A pena para quem copulasse com a mulher de seu irmão, já morto, era de ficarem sem filhos e serem considerados imundos (Lv 20:21).
Herodes Antipas foi deposto em 39 por Calígula, e desterrado para a Gália, e sua tetrarquia passou para Agripa I, neto de Herodes o Grande (*155).
Possivelmente Antipas não teve filhos.
O início do ministério de Jesus aos trinta anos
Lucas afirma que Jesus tinha cerca de trinta anos ao começar o seu ministério no ano 17, e não ao ser batizado, como geralmente se confunde e se afirma; e ele enfatiza isto dizendo:
“Era como se cuidava”.
Ou seja, “era como se observava” em cumprimento a Lei de Moisés, que prescreve que a idade para servir ou ter algum encargo na tenda (ministério) da congregação (templo) deveria ser de trinta anos para cima até aos cinquenta anos (Lc 3:23 , Nm 4:3,23,30,35,39,43,47).
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João Batista era seis meses mais velho do que Jesus, mas testemunha que Jesus já existia antes dele: como Filho de Deus e por ter iniciado o seu ministério doze anos antes dele. (Lc 1:24,26,31,36,41-57).
Jesus, sendo levita por parte de mãe (Lc 1:5,36), desde os trinta anos idade, no ano 17, já exercia o seu ministério entre os sacerdotes e levitas no Templo (Jo 1:15,19,26,30,31).
João Batista só começou seu ministério de batismo doze anos depois quando tinha 42 anos de idade, no ano 29. (Lc 3:1-3,23).
“Eu batizo com água; mas, no meio de vós (Jesus estava na companhia destes sacerdotes e levitas), está quem vós não conheceis”... (eles não conheciam ainda a missão de Jesus, como o Messias anunciado pelos profetas, mas, o conheciam como um dos seus, que também servia no Templo, junto a eles)” (Jo 1:19-33).
Quando João disse isso, aos sacerdotes e levitas que haviam sido enviados de Jerusalém, pelos seus chefes (Jo 1:19), Jesus estava no meio deles. Logo a seguir João diz à estes enviados:
“no meio de vós está quem vós não conheceis” (Jo 1:26).
No outro dia Jesus voltou para conversar com João, pois ele ainda não o conhecia, apesar de ser seu primo (Jo 1:29,33).
Tanto é assim, que João Batista, tendo pouco conhecimento de Jesus, tempos depois enviou alguns de seus discípulos para perguntar a Jesus se Jesus era o Messias prometido (Lc 7:20).
Jesus era tão familiar aos sacerdotes e levitas, pois com eles convivia no Templo, dos 30 aos 43 anos de idade.
Com isso podemos entender porque Jesus os chamava de “raça víboras e sepulcros caiados”, pois, os conhecia bem: da ganância e da falsa piedade deles.
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Também eles conheciam a Jesus a ponto de saber a sua idade, o local de onde viera e a sua família.
E qual era o encargo de Jesus no Templo?
Tudo indica que era o de carpintaria e obras, pois os judeus não questionaram Jesus sobre a sua capacidade de reconstruir o Templo, pois sabiam que ele era carpinteiro e entendia de construção (Lc 14:28-30).
Questionaram-no sobre a exiguidade de tempo, de três dias, que ele disse que iria levar para reconstruir o Templo, pois essa obra levou quarenta e seis anos para ser finalizada.
Também esse encargo de Jesus poderia ser o de fiscalizar a ordem no Templo, pois Jesus expulsou os que ali vendiam.
Mas, o mais provável era a de que ele ensinasse as Escrituras Sagradas ao povo, pois fazia isso diariamente.
Os judeus enviados da parte dos fariseus, querendo arranjar um motivo para o prender, perguntaram-lhe quem lhe dera autoridade para fazer tais coisas (expulsar os cambistas e ensinar ao povo) (Lc 19:45,47 e 20:2), pois, provavelmente Jesus, no ano 34, não tinha mais encargos no Templo.
Jesus, segundo a estética grega de beleza
“Quem creu em nossa pregação? E a quem foi revelado o braço do Senhor. Porque foi subindo como um renovo perante ele e como raiz de uma árvore seca; não tinha aparência nem formosura; olhamo-lo, mas nenhuma beleza havia que nos agradasse.
Era desprezado e o mais rejeitado entre os homens; homem de dores e que sabe o que é padecer; e como um de quem os homens escondem o rosto, era desprezado, e dele não fizemos caso... Certamente ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados...” (Is 53).
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Como poderíamos encaixar esta descrição do Messias que viria, descrição esta feita pelo profeta Isaías, 650 anos antes do advento de Cristo, dentro do quadro estético, belo e jovem do Jesus pintado pelos artistas da Renascença, em 1500, sob os auspícios dos luxurientos papas romanistas. Imagem esta que até hoje prevalecem na fantasia de muitos cristãos?
Alguns questionadores contumazes me perguntarão: por que dar tanta importância a idade máxima que Jesus atingiu?
- Primeiro: ratifica que Jesus foi fiel cumpridor das Escrituras e exerceu o seu ministérios dos 30 aos 50 anos (Nm 4:3,23,30).
Também porque isto desmistifica o culto à beleza, tão própria dos ímpios, que a valorizam mais do que aos princípios de moral, caráter e de sabedoria; além do que, a “não beleza” de Jesus não magoa os que não são tão belos assim
Este culto a beleza era própria dos gregos, e foi introduzida no cristianismo pelos amantes da filosofia, dos quais Agostinho foi um deles, pelo que se depreende do que ele escreveu em seu livro “A Cidade de Deus” parte II, pg. 556/566.
Ali ele aborda no mais puro helenismo de veneração à beleza, o capítulo 4:3 da carta de Paulo aos Efésios:
“Quanto às palavras de Paulo sobre a medida da idade perfeita de Cristo, é preciso dizer terem outro motivo, qual seria o de a medida perfeita da cabeça mística encontrar seu complemento na perfeição de seus membros, de todo o povo cristão, ou, se as entendemos referentes à ressurreição dos mortos, há de a gente crer que os corpos não ressuscitarão na forma anterior ou posterior à juvenil, mas na idade e robustez a que sabemos haver chegado Cristo.
Os mais sábios dos pagãos fixaram em torno de trinta anos a perfeição da juventude. Depois, o homem entra em declínio e caminha para a velhice, idade achacosa.
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Assim, Paulo não disse: à medida do corpo, ou, à medida da estatura, mas, à medida da idade perfeita de Cristo.”
Agostinho ou outro anterior a ele devem ter interpretado da leitura do evangelho de Lucas (Lc 3:23) que Jesus iniciou o seu ministério aos 30 anos de idade (quando também, erroneamente Interpretado, teria sido batizado).
Agostinho aborda de forma caustica e repetitiva, em seu livro “A Cidade de Deus” o seu apreço, quase de veneração pelo belo e pela estética vindoura dos cristãos (páginas 556/566).
Esta sua incompreensível veneração helenística pelo belo e estético, deu forma definitiva, ou colaborou para que se instalasse a luxuria na Igreja de Roma: de seus papas, cardeais, bispos e, de construções de obras suntuosas e acúmulo de magníficas obras de arte.
A extinção do segundo mandamento
Para que se pudesse criar e propagar um Jesus, trintão e esteticamente belo, foi necessário extinguir o segundo mandamento da Lei de Moisés:
“Não farás para ti imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima nos céus, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não as adorarás, nem lhes darás culto; porque Eu sou o Senhor teu Deus, Deus zeloso, que visito a iniquidade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração aos que me aborrecem, e faço misericórdia até duas mil gerações para aqueles que me amam e guardam os meus mandamentos”
(Êx 20:4,5 conforme a Torá é duas mil gerações, e não só mil como está na Bíblia cristã).
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Credita-se a Agostinho a deturpação do Decálogo, a Lei dos Dez Mandamentos, dados por Deus a Moisés, no Sinai (*156).
Ele agregou o segundo ao primeiro mandamento, e depois, este segundo foi excluído no Sétimo Concílio de Nicéia, em 787.
E para manter uma quantidade de dez mandamentos, eles, os romanistas, dividiram o décimo mandamento em dois “não cobiçarás”.
Sendo então que o nono ficou “não cobiçarás as coisas do próximo” e o décimo ficou “não cobiçarás a mulher do próximo”, e assim, puderam excluir sutilmente o segundo mandamento sem prejuízo da quantidade do Decálogo.
Paulo, na Igreja Primitiva, ensinava um só “não cobiçarás”, um único e décimo mandamento, conforme sua epístola aos Romanos (Rm 7:7).
Para os amantes do belo e da estética, o impedimento de se fazer imagens e cultuá-la (segundo mandamento), era um estorvo, por isso, com argúcia e dolo a Igreja Romana o extinguiu em seu doutrinamento.
Daniel profetizou que isso iria acontecer e isso aconteceu:
os papas mudaram os tempos e a lei de Deus (Dn 7:25).
A Igreja Católica, obviamente não removeu o segundo mandamento de sua Bíblia (Vulgata), pois isto a deixaria fora do mundo cristão-judaico, mas, em seu doutrinamento baseados em seu livros de "catequese" ensina assim o Decálogo:
1) Amar a Deus sobre todas as coisas. 2) Não tomar o seusanto nome em vão
3) Guardar os domingos e festas 4) Honrar pai e mãe
5) Não matar 6) Não pecar contra a castidade
7) Não furtar 8) Não levantar falso testemunho
9) Não desejar a mulher do próximo 10) Não cobiçar as coisas do próximo.
*(onde está o segundo mandamento? - conforme Êxodo 20:3-6).
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André e Pedro, filhos de João Batista
Simão Pedro, a quem Jesus chamava de “Barjonas” (“filho de João”), também chamado de Cefas (que quer dizer Pedro) era irmão de André e ambos eram filhos de João Batista (Mt 16:17, Jo 1:35-42).
No ano 33 Jesus tinha 46 anos, quase a mesma idade de João Batista (diferença de seis meses). Pedro e André tinham cerca de 26 anos.
Jesus também era bem mais velho do que seus irmãos e irmãs (Mc 6:3). Até aos doze anos de idade Jesus não os tinha.
Quando Jesus foi batizado no ano 33 (no ano, ou pouco depois da conjunção de Vênus, Júpiter e Lua), ele tinha 46 anos de idade, e o mais velho de seus irmãos teriam no máximo 34 anos. Os seus irmão eram Tiago, José, Judas e Simão (Mc 6:3).
Tiago, irmão de Jesus, é arrolado por Paulo como sendo um dos apóstolos, que veio a ser um dos principais líderes da Igreja (Gl 1:19) e foi apedrejado no ano 62, segundo o historiador Flávio Josefo.
Os dois Tiago citados nos evangelhos eram: Tiago, irmão de Levi (Mateus), filho de Alfeu; e Tiago “menor” irmão de João, filhos de Zebedeu (Mc 2:14, 15:40 , Mt 9:9 , 10:3).
Tanto Tiago “menor” como João seu irmão, eram muito jovens, ao ponto de João ser considerado o “discípulo amado” e Jesus tê-lo tratado como a um filho, deixando-o recostar-se ao seu peito, na última ceia (Jo 13:23,25).
Os irmãos de Jesus envergonhavam-se dele e até o execraram antes de ele ser crucificado (Mc 3:21,31 , Jo 7:3-5).
Jesus e João Batista, tinham em relação aos doze apóstolos, uma diferença de idade de mais de vinte anos.
Logo, se alguém quer crer que Jesus ao ser crucificado tinha trinta anos, terão que crer também que os apóstolos tinham menos de dez anos, o que é impossível.
Sintomático é também a ausência de José, pai de Jesus, após Jesus ter completado doze anos de idade, e na morte de Jesus.
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Nas bodas de Caná da Galiléia, quando Jesus fez o seu primeiro milagre, José não estava lá. Noutra ocasião, os judeus se referiram a José como uma pessoa já ausente (Mc 6:3).
Na crucificação de Jesus, seu pai, José, não compareceu, e isso acontecia porque possivelmente já estivesse morto, pois, era um septuagenário assim como Maria também era uma sexagenária.
Jesus era tido por muitas autoridades como sendo um místico, exótico, curandeiro, ou um profeta.
Não era considerado por estas autoridades como um jovem trintão, inexperiente e irreverente, pois o escutavam e discutiam com ele. Entre tais autoridades estavam Pôncio Pilatos e Nicodemos, que se admiravam de sua sabedoria; e à essa sabedoria se associava a sua aparência sofrida e já desgastada pelos anos.
Jesus já próximo de ser crucificado era um ancião que beirava os cinquenta anos: era um homem de verdade, experiente e apto para levar a carga de seu povo (Êx 18:21,22, Nm 11:16, Dt 1:13). Digno de, sendo um, morrer por todo o seu povo (Jo 11:50).
36: o ano da crucificação de Jesus
Na Páscoa do ano 36, Herodes Antipas, tetrarca da Galiléia e Peréia se reconcilia com Pilatos.
Herodes se encontrava naqueles dias em Jerusalém (Lc 23:7-12), provavelmente procurando o apoio dos outros tetrarcas e de Pôncio Pilatos, para combater os nabateus (moabitas). Ineficaz, entretanto, pois foi derrotado pelos nabateus naquele mesmo ano (*157).
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Até então, Pilatos e Herodes Antipas eram inimigos. Mas, assim como Herodes precisava de Pilatos, também este precisava de boas recomendações de seus adversários, pois, estava prestes a ir pra Roma, para prestar conta ao imperador, sobre os seus desmandos e injustiças na Judéia, tais como roubos e assassinatos.
A esposa de Pilatos, apreensiva por essa situação incômoda de seu marido, relata-lhe, o mau presságio que tivera em sonhos por causa da injustiça que se estava prestes a fazer com Jesus.
Parece que Pilatos levou em conta o que lhe disse sua esposa, pois, não podendo contornar a condenação de Jesus à morte, mandou vir água, lavou as suas mãos perante o povo, e se considerou inocente do sangue do justo, Jesus, que ia se derramar na cruz (Mt 27:19,24).
Pilatos foi destituído de sua função de procurador de Roma na Judéia em 37 d.C., no ano seguinte a crucificação de Jesus.
No ano 37, Herodes Agripa I que assumira a tetrarquia de seu pai, Filipe, falecido no ano 34, escreve e dá a sua opinião ao imperador Calígula, sobre Pilatos, e diz:
“ele é um homem teimoso, irascível, vingativo, inflexível, obstinado e insensível; que comete insultos, roubos, afronta e injustiças gratuitas; é venal, cruel e faz execuções sem prévio julgamento em muitos casos” (Filo em: Embaixada a Gaio, 299-305).
Segundo Josefo: Pilatos é ríspido, irrefletido, impiedoso, grosseiro, insensível, desrespeitoso, tirano e assassino.
Vitélio, embaixador romano na Síria, obrigou-se a destituí-lo de sua procuradoria na Judéia e enviá-lo a Roma para prestar contas de seus crimes ao imperador (Guerra judaica 2:169-77 ; Antiguidades judaicas 18:35-89) (*158).
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Herodes Agripa I, assumiu a tetrarquia de Filipe, no ano 37.
Em 39, quando Herodes Antipas foi deposto por Calígula, a tetrarquia de Herodes Antipas foi entregue a Herodes Agripa I.
E só no ano 41, o imperador Calígula deu o título de rei a Herodes Agripa I, e logo a seguir, o imperador Cláudio, que sucedeu a Calígula, lhe passou também a região administrativa e procuratória da Judéia.
Com isto, este neto de Herodes, o grande, conseguiu reunir quase todo o território de seu avô, sob o seu cetro (*159).
Na Páscoa do ano 36, quando Cristo Jesus foi crucificado, houve um fenômeno cósmico, que foi percebido pelos evangelistas:
“Desde a hora sexta até à hora nona, houve trevas sobre toda a terra ... abriram-se os sepulcros, e muitos corpos de santos, que dormiam, ressuscitaram” (Mt 27:45,52)... “E o véu do santuário rasgou-se em duas partes, de alto a baixo” (Mc 15:38).
Este fenômeno era a aproximação de Vênus e Terra, no seu 518º ciclo octogonal.
Paulo, o décimo terceiro apóstolo
“... e que foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as escrituras. E apareceu a Cefas (Pedro) e, depois, aos doze.
Depois foi visto por mais de quinhentos irmãos de uma só vez, dos quais a maioria sobrevive até agora; porém alguns já dormem. Depois, foi visto por Tiago, mais tarde, por todos os apóstolos, (na ascensão: At 1:2 e 4-11). E, afinal, depois de todos, foi visto também por mim, como por um nascido fora do tempo” (1Co 15:4-8).
A conversão de Paulo se deu no ano 37, no ano seguinte à crucificação de Jesus.
Paulo foi o 13º apóstolo escolhido diretamente por Cristo, que se somou aos doze já escolhidos anteriormente (Lc 6:13-16).
E essa eleição não pode ter ocorrido muitos anos após a ascensão de Jesus aos céus, como seria o caso se Jesus tivesse sido crucificado no ano 30 a 33 como se pensava até aqui.
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Anás foi sumo-sacerdote, em Jerusalém, de 6 a 15 d.C. depois dele foi o seu genro Caifás, e ele era o sumo-sacerdote naquele ano, quando Jesus foi crucificado (Jo 18:13).
Caifás começou o seu pontificado no ano 18 e terminou no ano 36/37. Depois de Caifás, foi sumo-sacerdote, Ananias, e seu pontificado durou doze anos, de 37 a 48 (At 24:1) (*160).
Paulo foi instruído por Gamaliel, mestre da Lei, no tempo em que Caifás estava findando o seu pontificado (At 4:6 , 5:34 , 22:3). E sua conversão ao cristianismo se deu ainda neste tempo final de Caifás.
Jesus foi crucificado na Páscoa do ano 36; ressuscitou três dias depois. Pelo espaço de cinquenta dias permaneceu com os seus discípulos, e depois subiu aos céus.
E “não muito depois destes dias” houve a descida do Espírito Santo, no dia de Pentecostes (Festa das Semanas no judaísmo, que se realiza em 6/7 do mês Sivã (maio/junho ) (At 1:5 , 2:1).
Cheios do Espírito, os discípulos começaram a pregar com muito afã, e houve milhares de conversões, em meio a uma forte oposição dos fariseus; e foi neste curto espaço de tempo (no máximo um ano), entre a ascensão de Jesus e a conversão de Paulo, que Paulo perseguiu os cristãos.
E finalmente, também ele, Paulo, aderiu ao cristianismo.
Foi um ano impactante, sem o qual, a nova religião, o cristianismo, não teria decolado.
Esta fulminante e impactante ação, própria da estratégia israelita, ao longo de sua história de, quando estavam em desvantagem em relação aos seus adversários, usavam toda a sua força no começo de uma guerra, para poder vencê-la. Também foi feita pelos primeiros cristãos.
Uma minoria de 120 discípulos de Jesus (At 1:15), que estavam cercados de milhares de inimigos por todos os lados, abriram o seu caminho de fé, com uma disposição, abnegação e audácia incomparável, nos primeiros setenta anos de sua existência.
Se, como querem alguns historiadores, Jesus tivesse sido crucificado no ano 30, havendo, portanto, um vácuo de sete anos entre Jesus e Paulo, dificilmente o cristianismo teria decolado, e conquistado o império romano.
Depois de Jesus, a pedra fundamental e o criador da nova religião, Paulo foi o maior artífice e articulador do cristianismo.
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