"Fim dos Tempos: o Encoberto Descoberto" pgs 109 a 135




Adoraram a criatura ao invés do Criador

   A Bíblia é rica em descrever fenômenos cósmicos e naturais, embora a descreva conforme eram vistos pelos homens na sua época. Mas, realça que é ao Criador que deve ser rendido glórias e não a criatura por Ele criado, como faziam os idólatras pagãos (Rm 1:18-27, 1Co 1:21).
    Desta proibição divina, os pseudos doutrinadores de todas as épocas, mistificaram o culto e a adoração devida a Deus, tornando-a irracional.
    A causa do crime dos belamita (subtribo benjamita, ou 13ª tribo de Israel) (Jz 19:22-25), que originou a sua quase eliminação total de Israel, foi a de serem idólatras: adoravam e serviam à criatura ao invés do Criador.
    E a consequência disto foi a sua perversão sexual (sodomia), bem própria dos pagãos (Rm 1:18-27).    
    Segundo comentaristas da Torá, Cam abusou sexualmente de seu pai, Noé, quando este esteve embriagado; e tão logo Noé voltou a si, amaldiçoou ao filho de Cam, Canaã, por essa perversidade (Gn 9).
     De Cam e Canaã descenderam Sodoma e Gomorra.
     Episódio semelhante ao dos belamita aconteceu em Sodoma, dos cananeus (Gn 19 e Jz 19), que praticavam toda a espécie de orgias sexuais e por isso, Deus os varreu da Terra. Qual a relação que há entre estes dois acontecimentos semelhantes?

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rei Bela, o horeu:

     Belo, filho de Assur, semita, foi o fundador do reino dos sumérios, com capital em Nínive, por volta do ano 2350 a.C.
     Só em 1364, no reinado de Ashur-uballit, os descendentes de Assur passaram a ser denominados de assírios.
     O culto ao deus Assur, deus nacional dos assírios, parece que se estabeleceu no reinado de Adadnarari III (2Rs 14:25), entre 811 a 781 a.C. até então os assírios seguiam os ensinos religiosos de Melquisedeque (Sem). 
    Nesta ocasião, o profeta Jonas esteve em Nínive, cidade muito importante para Deus, para convidá-los ao arrependimento (*022).
    Isto demonstra que até então não havia o ortodoxismo judaico, que só se estabeleceu em Jerusalém, a partir do 5º século a.C., e o “judaísmo mosaico” não era muito diferente das doutrinas de Melquisedeque (Sem).

     O rei Bela, descendente de Beor, era horeu
     Horeu ou urrita, eram descendentes do rei Ur Namu que reinou em Ur, na Caldéia, onde primeiramente viveu Abraão.
     O profeta Balaão, que foi contemporâneo de Moisés, descendia de Beor, e Deus falava com ele.
 Mas Balaão, assim como Naor e Terá, avô e pai de Abraão, respectivamente, também serviam a outros deuses (Nm 22, 23, 24 , Js 24:2).

     O monoteísmo era um elo comum entre a nova doutrina de Moisés e a antiga religião dos semitas de Melquisedeque.
      Beor pode ter sido irmão de Naor e da descendência de Beor saiu Bela, rei de Seir, por volta do ano 1900.
     Com a morte de Siquém, o heveu, possivelmente Diná, filha de Jacó, foi dada em casamento a esse Bela, horeu, rei de Seir, onde habitava Esaú, irmão de Jacó.

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Chuvas de Pedras

     A Bíblia menciona que caíram grandes pedras misturadas com fogo dos céus (pedras de barad, que significa meteoritos) no início do Êxodo, em 1443 (Êx 9:24).
     No 8º ano da conquista de Canaã, em 1396, também caiu uma chuva de pedras grandes, em torno de Jerusalém (Js 10:11).
     Os bete-semitas ofereciam holocaustos em cima de uma grande pedra.
 E Samuel tomou de uma destas pedras, possivelmente caída dos céus, em 1055, onde o Senhor trovejava em grande estampido sobre os filisteus, e lhe pôs o nome de Ebenézer, e a colocou entre as localidades de Mispa e Sem, que distavam uns 30 km de Jerusalém (1Sm 6:14 , 7:10-12).

     O rei Salomão começou a edificar o Templo, em 963, no lugar em que Davi designou: no monte Moriá, onde se situava a eira de Ornã.
  E de onde o Anjo do Senhor aparecera nos céus com a sua espada desembainhada contra Jerusalém  (1Rs 2:27,35, 1Cr21:14-30, 2Cr 3:1,2).

     Davi já tinha edificado um altar ali, junto à pedra Zoelete, e ofereceu holocaustos ao Senhor e a praga que matou setenta mil israelitas, cessou (1Rs 1:9 , 2Sm 24:25).
Essa pedra Zoelete é conhecida por pedra Eben Shetiya (pedra de fogo).
     Ela foi uma bólide que caiu dos céus no começo do séc.10º a.C. no reinado de Davi, quando um cometa com a aparência de um homem com a espada, foi visto nos céus da Palestina; e em cima dessa pedra, Salomão construiu o Templo ao Senhor (*023).  

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Melquisedeque era Sem

  “... primeiramente se interpreta rei de justiça, depois também é rei de Salém, ou seja, rei de paz: sem pai, sem mãe, sem genealogia; que não teve princípio de dias, nem fim de existência, entretanto feito semelhante ao Filho de Deus, permanece sacerdote eternamente.” (Hb 7:2,3)

    Cristo Jesus veio a ser o precursor de um sacerdócio, perfeito, imutável e eterno, segundo a ordem de Melquisedeque, e não segundo a Lei de Moisés (Hb 7 e 8) e também foi proclamado rei, pelos magos do Oriente, pelo povo israelita e por Pôncio Pilatos, representante romano.

    Acima, Paulo está se referindo ao fato de Melquisedeque ser rei, e ter este título. E como rei, ele não teve pai ou mãe que fossem rei e rainha para lhes transmitir o trono que ocupava; tão pouco teve sucessores (assim também foi com Jesus).
    Não se conhece nem o princípio e nem o fim do reinado de Melquisedeque mas, como ser humano, esse rei teve pais e teve filhos sim.
    Esse homem que existiu de modo enigmático, com o título real de Melquisedeque era Sem (2549-1949), filho de Noé, e que gerou Elão, Assur, Arfaxade, Lude e Arã  (Gn 9:26, 14:18).

Malki-Tsédec        
                                                                                                                             
    O Melquisedeque da Bíblia, é um título real, e não o nome de um homem, e quer dizer: Malki/Mélech = rei, e Tsédec = Casa da Justiça.
     E a cidade de Salém/Shalém = Jerusalém (Gn 14:18)   (* 024).
     A expressão “Tsédec” será usada depois da morte de Sem, em 1949, por muitos outros sacerdotes, o que nos leva a crer que os ensinamentos de Melquisedeque continuaram a vigorar em Jerusalém por 1360 anos (950 anos sob o domínio dos jebuseus  e 410 anos sob o domínio de Judá, quando o rei Davi se apossa total e definitivamente de Jerusalém). 
     Adoni-Zedeque, rei amorreu em Jerusalém, e possivelmente sacerdote, foi o primeiro, depois de Melquisedeque, a usar essa expressão “Tsédec” em 1402 a.C.
Depois dele foi o sacerdote Zadoque, no ano 1000 a.C. (2Sm 8:17) e o último foi o sacerdote Jeozadaque, em 588  a.C.

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Salém é Jerusalém

    Os jebuseus chamavam a cidade de Salém de Jebus, e os israelitas se referiam a eles como os “jebus de Salém”, que veio a dar Jerusalém (Js 16:63 , 18:28 , 1Cr 11:4).
    Sem possuía terras em volta de Jerusalém (1Sm 7:12).
    Salém é uma corruptela de Sem, onde está inserida em seu meio a palavra aramaica “Al” que significa o mesmo que “El” em hebraico, ou seja: Senhor, Deus.
Salém significa “O Senhor Deus habitando no meio de Sem.
     Sem (Shem) significa clareza, santidade; e de  Sem (Shem) vem o derivativo Semes (Shemesh) que significa Sol (Jr 43:13).

     Bete-Semes (centro de adoração do sol), onde havia uma grande pedra em que se faziam holocaustos a Deus (1Sm 6:14,15) e que distavam uns 30 km de Jerusalém, era uma cidade fortificada dos filisteus, que ali construíram um observatório astronômico, e  foi conquistada por Josué, e dada em herança à  Naftali (Js 19:35,38).

    Abraão deu o dízimo de tudo o que possuía a Melquisedeque, porque reconheceu que ele era Sem, a quem Noé abençoara como sacerdote do Deus Altíssimo (Gn 14:20).

    Jacó, antes de ir pra Padã-Harã, estudou por seis anos com Sem, e quando Sem morreu em 1949, aos 600 anos, Jacó com 52 anos, seguiu estudando com Heber até 1931.
     Segundo os comentaristas judeus da Torá, Jacó estudou 14 anos com Sem e Heber (*025).

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Melquisedeque: sacerdócio universal

    “Disse o Senhor ao meu senhor:  Assenta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos debaixo dos teus pés.
O Senhor enviará de Sião o cetro do seu poder, dizendo:
Domina entre os teus inimigos. O teu povo  se apresentará voluntariamente no dia do teu poder... Tu és sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque”(Sl 110).

    A profecia de Jacó e Balaão (Gn 49:10 , Nm 24:17), pelos anos 1855 e 1402 e reafirmada neste Salmo 110, pelo rei Davi em 1000 a.C. dão conta que o Cristo que viria (Jesus) exerceria o seu sacerdócio segundo a ordem de Melquisedeque e não segundo a Lei de Moisés.
    A própria escritura hebraica põe em caducidade  a Lei de Moisés, e autentica a nova ordem e o novo sacerdócio de Jesus, que conhecia toda a essência dos ensinos de Melquisedeque
(Hb 7:18,19).  

    Davi, não sendo levita, infringiu a lei mosaica, exercendo algumas vezes as funções sacerdotais (1Cr 15:27 , 21:26 , 2Sm 6:14-19).
   Davi comeu os pães da proposição do altar da Casa de Deus, num sábado, que era vedado aos não sacerdotes (Lc 6:4 , Lv 24:9 , 1Sm 21:6).
    Davi adulterou com Bate-Seba, traindo Urias, seu amigo e foi responsável pela morte dele (2Sm 11).
    Por  muito menos, Saul foi destituído de seu trono por Deus (1Sm 13:14).
    Qual então a diferença entre ambos?
 – É que Saul estava preso a Lei de Moisés, e Davi, por temer a amar a Deus, estava livre dessas algemas... não vivendo segundo a Lei, mas, segundo  a misericórdia de Deus.

    Davi nomeou um estrangeiro, de Gate, o geteu Obede-Edom, entre os levitas, para ministrar diante da arca do Senhor; pois, seiscentos geteus eram-lhe seus fiéis seguidores desde o princípio (1Cr 16:4,5 , 2Sm 6:10-13 , 15:18-22).
    Davi procedeu com a nomeação dos sacerdotes e levitas, assim como procedeu com a nomeação de seus auxiliares gerais e com os seus oficiais do exército: não levou em consideração a questão racial  e fez vistas grossas a lei mosaica.

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    Davi lidou com a numerologia e com a astrologia, com muita sabedoria, como veremos adiante.
     Se Davi não seguia rigidamente a Lei de Moisés, a que ensinamentos, normas ou leis se norteava? - a Melquisedeque?

    Judá, em 1879 a.C. copulou com Tamar, e ela certamente  era filha de sacerdote, pois só uma adúltera nesta condição, era penalizada para morrer queimada (Gn 38:24 , Lv 21:9).
    Como a Lei de Moisés só foi instituída em 1443, conclui-se que esse sacerdócio era segundo a ordem de Melquisedeque, da qual o judaísmo é também oriundo, como outras nações semitas.
    Vemos também que Moisés ensinou os estatutos e as leis aos hebreus, antes de receber as tábuas de pedras da Lei, no monte Sinai. E fez isso, seguindo a orientação de seu sogro Jetro (Reuel) que era sacerdote midianita.
     Moisés também participou com ele, seu sogro, de um culto a Deus (Êx 18:12). 
     Os midianitas eram descendentes de Mídiã.
     Midiã foi filho de Abraão e Quetura (Gn 25:2), logo, os midianitas, como os hebreus, seguiam aos ensinamentos de Abraão, e Abraão aos de Melquisedeque.

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Melquisedeque e a astronomia

    Jó tinha conhecimentos astronômicos, na sua época, que só 3400 anos depois dele, foram conhecidos por Galileu Galilei, como foi o caso da redondeza da Terra e que ela paira no espaço sideral; e sabia que uma estrela era diferente de um meteoro (Jó 37:12 , 38:31-36).
     Estes conhecimentos só poderiam advir de alguém que tenha tido idade suficiente para ter observado os céus por centenas de anos e registrado estes fenômenos e passagens dos astros.
E essa pessoa foi Sem (Melquisedeque) que viveu 600 anos.
    Sem viu oito passagens do cometa Halley e setenta e quatro ciclos octogonais de Vênus/Terra.
 Viu o Dilúvio e o nascimento do arco-íris; viu Sodoma e Gomorra serem destruídas por Júpiter (Amon) e muitos outros fenômenos; e ensinou isso e a história do Gênesis a Jó e a outros não mencionados (Jó 31:33).
     O livro de Jó é posto e erroneamente na sequência, logo após os livros de Neemias e de Ester, na Bíblia, podendo levar alguém a uma impressão de que Jó tenha vivido no séc. 5º a.C.
     Jó foi contemporâneo de Jacó, Esaú e do temanita Elifaz, e viveu na terra de Uz, portanto, no século 18º/19º a.C.
     Jó era horeu, e certamente não era israelita, embora o judaísmo tenha o Livro de Jó entre os seus livros sagrados.
     Jó era sacerdote do Deus Altíssimo, segundo a ordem de Melquisedeque, pois, ele tinha o poder de bendizer e amaldiçoar; de oferecer holocaustos a Deus e de interceder em oração pelo povo (Jó 1:1,5,6,21,  2:9,11,  3:1-8,  42:7-9).

Quem eram os Magos?

     Ciro II, rei do império persa (559-530), que era adepto entusiasta do zoroastrismo, e, embora não sendo israelita, foi tido por pastor do Deus de Israel (Is 44:28, 45:1-13).
     Os magos eram também adeptos do zoroastrismo.
     Os magos que vieram do Oriente a Belém, para adorarem ao menino Jesus, eram originários de uma tribo da Média,  na qual os homens mais importantes desempenhavam funções sacerdotais na religião da Média e Pérsia, segundo Heródoto.
     A astrologia era uma das principais ocupações destes sacerdotes, a quem o povo atribuía forças e conhecimentos secretos, devido às suas previsões astronômicas.
     Os gregos os tinham por mágicos, de onde se associam as palavras magos e magia (*026).

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     Estes sacerdotes do Oriente (Babilônia, Pérsia, Média) calculavam a duração dos meses lunares, do ano solar, do ano de Vênus, de alguns cometas, e por esses cálculos, faziam previsões futuras.
     Os astrólogos medas, persas e babilônios se dividiam em três correntes de pensamentos a respeito da natureza dos cometas.
     E uma dessas, à qual os magos pertenciam, dizia que os cometas eram estrelas que se aproximavam da Terra periodicamente, e depois iam se tornando tênues, quando retornavam às suas regiões originais, mergulhando no profundo abismo do éter.
     A finalidade destas “estrelas” era a de trazer boas ou más novas à Terra:
 E Jesus, o Messias prometido por Deus, 4011 anos antes (Gn 3:15), era essa boa nova.

     A palavra cometa significa astro cabeludo. Na antiguidade não havia distinção entre cometa e astro, tudo era estrela. Só em 1588 o astrônomo Tycho Brahe, e depois em 1680, com Isaac Newton, os cometas foram conceituados como o são hoje (*027).

     Os magos que adoraram a Jesus em Belém, conheciam a Bíblia e também aguardavam o advento do Messias:
  seja através dos israelitas que foram deportados para a Média, por Senaqueribe em 704 a.C. (2Rs 17:6-34); seja através do profeta Daniel que foi o chefe supremo destes magos, na Babilônia de 604 a 560 a.C. (Dn 1:20,21 , 2:46-48); seja porque estes magos magos ainda seguiam os ensinamentos de Melquisedeque.
      Possivelmente, tudo isto estava sintetizado ou associado nos ensinos dos seguidores de Zoroastro, de quem eles eram sacerdotes-astrólogos, e que também esperavam o Messias.
     Pelos seus códices secretos os magos sabiam quando o Messias iria nascer:
 iria nascer quando aparecesse a “estrela dele” nos céus do Oriente (Mt 2:2) e em determinado tempo e circunstâncias, como numa aparição simultânea de Vênus e o cometa Halley com a Terra.

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     Essas simultaneidades (cometa Halley, Vênus, Terra) ocorreram no nascimento de Melquisedeque (Sem), em 2549 a.C.;  também quando Abraão aos 75 anos foi pra Canaã e se encontrou com Melquisedeque, em 2087 a.C.
E também quando Davi começou a reinar sobre todo o Israel, em 1000 a.C. e, finalmente em 12 a.C. quando Jesus tinha 19 meses e foi adorado numa casa de Belém de Judá, pelos magos.

      Esta relação da passagem do Halley numa conjunção octogonal de Vênus/Terra, com a vinda do Messias, não era desconhecida pelos sacerdotes de Israel, quando Jesus nasceu.

Tanto é assim que Herodes consultou seus escribas e sacerdotes sobre a veracidade do que diziam os magos estrangeiros, e, pelo que se depreende de Mt 2:5, tais sábios judeus confirmaram as informações dos magos, pois, Herodes não os prendeu e nem os trucidou, e, antes pelo contrário, quis saber mais detalhes dos magos, sobre este fenômeno cósmico (Mt 2:7).
     Os sacerdotes judeus não tolerariam que um de seus cidadãos fosse objeto de adoração, por que então deixariam que os magos adorassem ao menino Jesus?
     Também o rei Herodes não toleraria que um de seus cidadãos fosse declarado rei dos judeus, até porque Jesus nem era um de seus filhos.  
     Tanto os sacerdotes judeus como Herodes, deram crédito aos magos e também esperavam a vinda do Messias para aqueles dias.

Messianismo  
                                                                                            
    No outono de 66 d.C. os judeus liderados, por Eleazar, filho do sumo sacerdote, e o zelote João de Giscala, se revoltaram contra os romanos e tomaram Jerusalém.
     Flávio Josefo relata que os revoltosos olhavam o cometa Halley que cruzou os céus da Palestina por um ano inteiro,  como um sinal divino anunciando a chegada do Profeta e a destruição de Jerusalém (Ml 4:5 , Dt 18:15-19).

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    Em junho de 68 morreu o imperador Nero, e a desavença em Jerusalém chegou ao apogeu, quando Simão Bar Giora, um anti-zelote, apoderou-se da cidade, forçando Giscala a se entrincheirar no Templo.
    Flávio Josefo, um dos comandantes desta revolta e que depois viria a ser o famoso historiador judeu, não diz nada a respeito das expectativas dos judeus, que aguardavam a vinda do Messias, baseadas nas Escrituras Sagradas, mas também na astrologia:
o 522º ciclo octogonal de Vênus/Terra aconteceu em 68, e a passagem do Halley em 66, sendo que, do ano 64 a 68 este cometa afetou a trajetória de Vênus e Terra.
    Também deste tempo de espera do Messias, nos escreve Eusébio de Cesárea e Cássio Dio: que a segunda revolta dos judeus contra Roma, em 132-135 (no 530º ciclo octogonal de Vênus/Terra) foi liderada por Simeão Bem Koseba.
    Autores cristãos daquela época informam que o rabi Aquiba, com base em Nm 24:17, lhe teria conferido o título de dignidade messiânica, e ele passou a chamar-se Bar Kochba, que quer dizer “filho da estrela, estrela”.
    Na tradição talmúdica dos judeus, no entanto, ele é chamado de Bar Koziba, que quer dizer “filho da mentira, mentiroso”, numa indicação clara do fracasso do movimento (*028).

Benção e Maldição

    Uma característica destacada na Antiguidade, que se repete entre muitos sacerdotes e profetas não vinculados a Israel e a Lei de Moisés, é o poder que tinha para abençoar ou amaldiçoar coisas e pessoas.
    Vemos isso, esse poder, na estória de Balaão (Nm 22:6,12) e de Jó, que eram horeus e não israelitas.
     Jesus 1400 anos depois de Balaão, também amaldiçoou uma figueira e ela secou (Mc 11:12-14,20,21); e para que propósito serviu isso, se não para confirmar que os seus seguidores, de Cristo, tem também esse poder?

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     Mas antes desse poder os cristãos tem a obrigação de amar o seu próximo.
     O cristianismo absorveu esse poder, mas de modo mais ameno, quando Jesus da autoridade para os seus discípulos de ligarem e desligarem pessoas do reino de Deus (Mt 16:19 , 18:18).

    A primeira maldição foi proferida pelo próprio Deus, contra a serpente e a terra no jardim do Éden. Depois, Deus amaldiçoa a Caim por ter assassinado ao seu irmão Abel.
    Depois, Noé amaldiçoou ao seu neto Canaã, pelo desrespeito que Cam lhe fizera, e bendisse o Deus de Sem.
    Depois, Deus promete a Abraão:
   “abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão benditas todas as famílias da terra”  (Gn 3:14,17 , 4:11 , 9:20-27 , 12:3).

    O princípio deste ato de abençoar e amaldiçoar estão nos primórdios da criação do homem, e pertence a todos os semitas (não sendo só exclusivo dos israelitas), pois Sem (Melquisedeque) que foi sacerdote do Altíssimo, e teve esta prerrogativa, foi patriarca de diversos povos semitas e antecedeu em 641 (2084-1443) anos aos ensinos de Moisés.
            
 Abraão, a benção ou maldição de Deus, sobre todas as nações

     Naor (2258-2110) gerou a Terá (2229-2024) e Terá gerou a Abraão (2159-1984 a.C.). Naor era de Ur na caldéia.
    Em Ur reinou o camita Sargão I, e sua dinastia durou duzentos anos (2280-2080 a.C.).

    Ele nomeou sua filha, como a sumo-sacerdotisa de Nanar, o deus-lua (casado com a deusa-lua Nin-Gal) nesta cidade de Ur.
Esta sacerdotisa, cujo nome era Enheduana, compôs 42 hinos em homenagem a Inanna, a deusa de Vênus (séculos depois chamada também de Ishitar, Astarote e Anat na Bíblia).

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    Diz a lenda que Inanna era virgem e se apaixonou por Dumuzi (Tamuz).
 Tendo ele morrido, esta deusa desceu aos Infernos (abismo) para o resgata-lo do reino dos mortos, a fim de que ele pudesse dar vida à humanidade.
   Tamuz, quando os israelitas retornaram do cativeiro da Babilônia, a partir do ano 538 a.C., também passou a ser o nome do quarto mês do calendário sagrado israelita. 
    Anna (latim) ou Hannah (hebraico) significa “graça”. 
    Esta “graça” aparece na história de Israel fertilizando suas mulheres estéreis.
   Como exemplo citamos:
    Ana, mulher de Elcana, que era estéril, depois de orar ao Deus de Israel, e ser abençoada pelo sacerdote Eli, concebeu o profeta Samuel e vários outros filhos (1Sm 1).

    Santa Ana, era idosa e estéril. Seu marido, Joaquim, foi para o deserto orar para que ela concebesse, e, lhe apareceu um anjo do Senhor e confirmou sua precatória, e sua mulher concebeu a Maria,  a mãe de Jesus (proto-Evangelho de Tiago).

A expressão hebraica  “Hoshana” ou “Hosana” em português, significa  “Salve-nos” e foi dita pela multidão judia que aclamou jubilosamente a Jesus como seu rei (Jo 12:13), mas, esta expressão originalmente tem o sentido de pedido de socorro. Os israelitas assim a usam em suas orações diárias, por sete dias,  durante a preparação da Festa dos Tabernáculos (Sucote). As raízes desta festa está no Êxodo, na saída dos hebreus do Egito, quando Vênus, por 40 anos  causou enormes destruições na Terra.
“Salve-nos” ou “Graça” tem, em suma, o mesmo objetivo nos casos especificados acima;  bem como a raiz  de “Hosana”,  “ana” , nos nomes de Inanna ou Anat .
     Constata-se aí, a antiguíssima tradição suméria da “graça” de Inanna (a deusa de Vênus), o seu socorro e a fertilidade gerada dela, da qual os antigos israelitas e os primeiros cristãos nunca se apartaram.
   Nara-Sin, neto de Sargão I, era rei de Ur e foi contemporâneo de Abraão. Em seu reinado o seu império atingiu o zênite. 
Depois declinou com os governantes subsequentes (*029).
     Sargão I, descendente de Cam (filho de Noé), pelo ano 2280 a.C. havia fundado ao norte de Ur, a cidade de Acade na terra de Sinear, dos sineus, e se tornou o mais poderoso rei da Antiguidade remota, ao dominar toda a Mesopotâmia.  Foi no seu reinado que se construiu a torre de Babel, em Sinear (Gn 11:2).
 Possivelmente Sargão I era o Ninrode bíblico (Gn 10), que fundou o império dos sumérios.

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      Acade situava-se na “terra de Sinear” (dos adoradores de Sin, o deus da Lua) e seus habitantes foram chamados de sineus, e eles eram descendentes de Cam e Canaã (1Cr 1:15).
     Sargão I  introduziu em Ur, o culto a Nanar, o deus da Lua (Nanar é um nome mais antigo da Lua, do que Sin, que só começou a ser utilizado nos dias de Moisés, segundo a descrição dos escritores deuteronomistas do 5º séc. a.C.).
 Provavelmente, também foi introduzido posteriormente o culto a Inanna a deusa de Vênus, pela sua filha-sacerdotisa Enheduana.  
    Inanna era a deusa do amor, do erotismo, da fecundidade e fertilidade entre este antigo povo Sumérios, na cidade de Ur.

    Terá (2229-2024 a.C.), Abraão, Sara e Ló conviveram pacificamente em Ur com os camitas de Sargão I e sua dinastia.
    Em 2080 os gutas vindos do norte puseram fim ao reinado dos camitas em Ur, obrigando Terá e sua família a irem para Harã.
 Os gutas possivelmente eram elamitas-semitas, cujo rei era Quedorlaomei, rei do Elão (Gn 14:1).
    Em 2084 a.C. Abraão, aos 75 anos de idade sai de Harã e vai para Canaã (Gn 12:4) porque se recusava a adorar aos ídolos pagãos.
     Harã também foi dominada pelos gutas. (*030).
    Deus ordenou a Abraão que saísse de Harã e fosse para Canaã, e lhe prometeu:
 “Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão benditas todas as famílias da terra” (Gn 12:3).
     Deus novamente renova esta promessa a Abraão, de abençoar a todos aqueles que abençoarem a  Abraão e à sua descendência (os israelitas e os cristãos), porque Abraão não negou sacrificar o seu filho Isaque a Deus (Gn 22:18).
     Abraão tendo chegado a Canaã aceitou a Sem (Melquisedeque) como sacerdote do Deus Altíssimo, e lhe pagou o dízimo (Gn 14:18).

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    Quem era este Deus Altíssimo de Sem ou o Deus Temor de Isaque ? (Gn 31:42, 53).
-  Como explicaremos adiante, neste livro,  Sem (Melquisedeque) adorava e cultuava ao Senhor Deus, o Criador de todas as coisas, e, tinha conhecimento da sua existência, poder e glória, através das coisas criadas (Rm 1:19-23). E a principal delas era Vênus. E Vênus estava em altíssimo plano na imensidão dos céus (Is 14:12-14).
Sem não adorava a Vênus, mas, ao Criador de Vênus.
Percebe-se em “Rm 1:23” que não há nenhuma menção aos “homens terem errado por terem feito imagens aos astros”. – Por que “os astros” estão fora desta citação do apóstolo Paulo, se os astros são as coisas maiores e mais visíveis do homem?
    Seja como for, os homens evoluíram do culto e adoração ao Deu Altíssimo de Melquisedeque, para o culto e adoração do Deus Pértissimo de Jesus . 
     Enquanto os semitas de Sem e Jacó cultuavam e adoravam um Deus externo e longínquo (Altíssimo), os seguidores de Jesus, ensinados por Jesus, e sob o Espírito de Jesus, passaram a ter este Deus Glorioso no interior de sua alma... um Deus Pértissimo (Lc 17:21).

    Abraão, em 2059 a.C., quando ele tinha cem anos de idade recebe a Jesus o “Cristo de Deus”, ceia com ele (Jo 8:58), e ele lhe promete um descendente (Gn 17:17, 18:1), e Abraão gerou a Isaque.
  Neste mesmo ano, os dois anjos do Senhor (Vênus e Júpiter) destruíram com Sodoma e Gomorra (Gn 19:13), no 257º ciclo octogonal de Vênus/Terra.
    É a partir de Isaque, filho de Abraão (2060 a.C.), que começa o povo israelita; mas sua religião só se estabeleceu com Moisés, no Êxodo, em 1443 a.C. (Êx 18:12,20,24), bem depois de outros povos semitas que seguiam os ensinos de Melquisedeque.

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Hititas
     Noé gerou a Sem, Cam e Jafé. – Cam gerou a Cuxe, Mizraim, Pute e Canaã. – Canaã gerou a Sidom, a Hete (chamados de heteu ou hititas),  aos jebuseus, aos amorreus, aos girgaseus, aos heveus, aos arqueus, aos sineus, aos arvadeus, aos zemareus e aos hamateus.
     Mizraim veio a ser o Egito, e do seu sexto filho, Casluim, se formou o povo filisteu (atual Palestina) (Gn 10:14, Sl 105:23).
      Os heteus/hititas, por volta de 1400 a.C., tiveram o núcleo habitacional de suas cidades, no leste da Ásia Menor: desde o monte Ararate, na divisa da Armênia e Turquia, até a curva do rio Halys na Frigia (atual divisa da Turquia e Irã).
     Mas sete séculos antes, eles se expandiram para o noroeste da Síria, Hamate e Sidom, e ocuparam a Palestina, até ao sul do Mar Morto, na antiga Sodoma e Gomorra.
     Ali já vivia e reinava Sem (Melquisedeque), em  Jerusalém,  e estes heteus lhes prestaram vassalagem, conforme a profecia de Noé (Gn 9:27 , 14:17).

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Mas, pelo que se vê depois, esta profecia só valeu para Sem, e durante os seus seiscentos anos de vida, até 1949, quando os cananeus lhe foram vassalos, na circunvizinhança de Jerusalém.
     Após a morte de Sem, já nos dias de Jacó, até a conquista de Canaã em 1403, os israelitas não desfrutaram desta vassalagem e, até, ao contrário, em muitos períodos foram eles  vassalos dos cananeus.
     Os hititas, em 1802 a.C. vieram a se constituir no braço forte da coligação dos hicsos, que dominaram sobre o Egito (Sl 83:8).
     Os amorreus, povo irmão dos hititas, em 1900 a.C. (Gn 10:15,16),logo após a morte de Sem, já habitavam em “Cidades-estados” na Palestina; depois se estenderam até a Mesopotâmia, às margens do Eufrates, e ali  ergueram a cidade de Mari, que foi a capital de uma federação de Cidades-estados destes amorreus, e cujo maior rei foi Zinri-Lim; e este rei foi derrotado pelo rei Hamurabi da Babilônia, em 1700.
     Os amorreus recuaram e se resignaram a habitar só na Palestina.
     Adoni-Zedeque, amorreu, reinou como um deus-rei sobre os amorreus e jebuseus, até 1393, quando então Josué o venceu e o matou (Js 10).
    Os hititas da Ásia Menor, vieram a ser um Império, ao derrotarem o rei Mitanni e se apossaram do seu Império entre 1370-1336.
 O fim deste Império Hitita se deu em 1200 a.C. quando o seu território foi invadido pelos povos vindos do mar Egeu, coligados com os frígios e os etruscos (*031).
    Estes invasores penetraram profundamente no interior da Ásia Menor e se estabeleceram na Média, onde, uma das tribos da Média, os magos, exerciam funções sacerdotais (*032).

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Amalequitas e Agagitas.

    Esaú (Edom), irmão de Jacó, filhos de Isaque, em 1961 casa-se com Ada, filha de Elom, o heteu (hitita); e Ada gera a Elifaz.
Elifaz gera sete filhos: Tema, Omar, Zefi, Gaetã, Quenaz, Timna e Amalec  (Gn 26:34, 36:2,11-16,40-43).
    Amalec I, sendo o 7º filho, e, considerando o processo de “anfictionia” em que os excedentes de uma clã, que era formada originalmente por seis, tinha que procurar novas terras, veio a se tornar um errante à perambular pela região do Sinai, e ali agrupou-se a outros semelhantes, e formou o seu bando.
    Isso ocorreu por volta de 1870.
    Os descendentes de Amalec I  fizeram parte da coalizão de forças que invadiram e dominaram o Egito (hicsos), em 1827, sob a liderança de Agag I, agagita (hagareno) (Sl 83:6,7).
    Mas, o maior rei dos amalequitas,  foi Amalec II que reinou entre 1443-1403 a.C. (Êx 17:8-16 , Nm 24:7,20). 

Agag I

     Agag I, agagita (hagareno), foi chamado de Ogiges pelos gregos e de Apop I pelos egípcios (Apep I ou Apop I, que é o mesmo que Apophis em grego).
     Este nome Apep (Apophis) era também o nome do deus maligno das trevas que os hicsos cultuavam. Ao contrário dos egípcios que adoravam  a Seth como um deus benigno.
    Seth ou Apep era o nome do deus do  planeta gêmeo de Vênus (Jó 38:7), ao qual Vênus destruiu em 1931 a.C., e cujos destroços seguiram a Vênus como uma cauda dupla (Nm 14:14).
    Os israelitas denominavam com rancor a estes hicsos que os escravizaram no Egito, como filhos de Seth (diabo) (Nm 24:17).
     Os egiptólogos lêem, por suposição, Apop I, quando tudo indica que seja Agag I, o que quer dizer as inscrições nas pedras em Tebas, sobre o Faraó que a fundou.
     Ésquilo, historiador grego, chama Tebas do Egito de “a Tebas Ogigiana” para diferenciá-la da Tebas grega, na Beócia.
E atribui a Ógiges a fundação dessa Tebas no Egito.
     Em hebraico Tebas chama-se No-Amon  (Ez 30:14)  (*033).

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     Agostinho diz que  Minerva (Tritônia, Palas-Atena, Vênus) não era uma deusa e que era ficção poética ela ter “nascido da cabeça de Júpiter” nos dias em que Atenas foi fundada.
    Entretanto, Agostinho reconhecia que Vênus provocou um portentoso feito, pela vontade de Deus, ao mudar de cor, de magnitude, de aspecto e de curso, no reinado de Ógiges, que reinou no Egito, a partir de 1827, mais de 300 anos antes de Atenas ser fundada ou restaurada (*075).

Cronologia dos reis de Sicião e Argos:

     Egialeu fundou a cidade de Egialeia em Sicião no Peloponeso. Egialeu era filho de Ínaco, e bisneto de Abraão (segundo Santo Agostinho) e irmão de Foroneu (2º rei de Argos) e de Fegoo. Ele morreu sem filhos.
     A lista dos reis de Sicião é a mais antiga nas cronologias de Eusébio de Cesareia e Jerônimo de Stridon (São Jerônimo).
     Eusébio diz que existe muita divergência entre os autores da sua época, e baseia sua lista no trabalho de Castor de Rodes.
     Santo Agostinho baseou-se na cronologia de Jerônimo ao escrever o seu livro “Cidade de Deus contra os pagãos”. Estas datas e seus reis são :

reis em Sicião segundo Pseudo-Apolodoro
1) Egialeu, reinou por 52 anos, 2090-2038 a.C.
2) Éurops,           por 45 anos, 2038-1993 a.C.
3) Telquino,        por 18 anos, 1993-1975 a.C.
4) Ápis,               por 27 anos, 1975-1948 a.C.
5) Telxíon,          por 52 anos, 1948-1896 a.C.
6) Egidro,           por 34 anos, 1896-1862 a.C.

reis em Sicião                               reis em Argos segundo Jerônimo
7)Turímaco, 1862-1817 ...........1)Ínaco .... 1984= morre Abraão 
8) Leucipo, 1817-1764 .  .........                   1959=Aliança Deus/Isaque
                                                     2)Foroneu  1931=Aliança Deus/Jacó.
A Grécia começou a florescer nos reinados dos irmãos Foroneu e Fegoo.
 Fegoo, no reino que lhe coube, lhe dado por seu pai, Ínaco, levantou capelas para os deuses e ensinara a medida e o cálculo do tempo em meses e anos.
  Depois de morto Fegoo foi honrado como deus e sob o seu sepulcro imolaram-se bois (*075).

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reis em Sicião                               reis em Argos
9) Messapo,   1764-1717 .......   3) Ápis ...1881  =  morre Isaque 
10) Erato,      1717-1671  ........  4) Argos  1885  =  morre Jacó 
11) Plemneu, 1671-1623 …..      4) Argos    1802 =  morre José
12) Ortópolis, 1623-1560 .....     5) Criaso ...1523   nasce Moisés                                            
                                                         5)                1500 restauração de Atenas
16) Matatônio 1560 – 1530       (?) Forbas
17) Marato,    1530-1510   .....  15) Tríopa  1443-1403 =  Êxodo 
                   
Dilúvio de Ógiges

     Este autor situa este dilúvio de Ógiges no ano 1931 a.C. quando houve a conjunção de Júpiter/Vênus/Lua.
     Este dilúvio aconteceu na Grécia no ano em que Atenas foi fundada. 
      A fundação de Atenas se deu por volta do ano 1931 a.C. ( no reinado de Foroneu, segundo os historiadores antigos, citados por  Eusébio e Jerônimo) – Atenas foi restaurada em 1500 a.C., e há aí, uma confusão entre a fundação e a restauração de Atenas.
     As águas inundaram e cobriram tudo e matou a todos na Grécia, e só sobrou o rei desconhecido Ógiges e sua mulher.
     Atenas e Minerva são os nomes gregos da deusa de Vênus.
     No transcurso deste dilúvio, Vênus destruiu com o planeta Seth diante de Júpiter.
 Os gregos confundidos na visão disseram que “Vênus saltou da cabeça de Júpiter”.

     Pedras caíram na Terra.
     Houve grande Luz nos céus, e na cidade de Luz (Betel) de uma dessas pedras caídas, Jacó fez um travesseiro para dormir e depois, com esta pedra erigiu uma coluna para a futura Casa de Deus (Gn 28:11,17,18,22).

     Segundo Agostinho o “dilúvio de Ógiges” ocorreu no tempo em que Foroneu, filho de Ínaco, reinava em Argos (*075).
     Foroneu morreu no ano em que Isaque morreu, em 1881 a.C. e neste ano começou Ápis a reinar em Argos.

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     Em 1879 a.C. ocorreu os sete anos de “vacas gordas” no Egito. Neste ano José se torna governador do Egito (Gn 41).
     Ápis que veio de Argos para o Egito com seus navios, era considerado um deus e era adorado através de um boi vivo.  Depois de morto foi adorado pelos egípcios como Serápis.
     Ápis garantiu a posse do Faraó como rei do Egito. Esse Faraó era filho de Ísis (irmã de Foroneu e Fegoo e tia de Ápis).
     Ápis morreu no Egito e seu filho Argos passou a reinar em Argos. Sob o reinado de Argos morreu Jacó, em 1855 a.C.

     Ínaco, fundador do reino de Argos,  era neto  de Abraão e a filha dele era Io (bisneta de Abraão) que foi rainha da Etiópia; e depois ela reinou no Egito com o nome de Ísis (*034). 

     Bem depois da morte de Isis, em 1827 a.C. os hicsos dominaram e reinaram no Egito através do rei Agag I.
     O dilúvio de Ógiges foi provocado por Vênus, pois, desde então, este planeta e sua deusa passou a ser chamado de Isis pelos egípcios. O símbolo desta deusa Ísis era a vaca.    

     Fegoo irmão menor de Foroneu, também recebeu um reino na Grécia, e ali, edificou capelas aos deuses, e ensinou seus súditos a medir e há calcular o tempo em meses e anos.
     Estes fatos significativos estão a indicar que houve alterações na quantidade de dias do ano, ou nas estações, causado por um fenômeno cósmico, nos dias de Jacó, 2001-1855, que foi  extraordinário.
 Este fato foi “Vênus ter saltado da cabeça de Júpiter” segundo os gregos ou, segundo este autor “Vênus ter explodido com o planeta X4” (chmado de Seth/Apep/Uriel”
     Quando ocorreu este fenômeno extraordinário de Vênus, que Agostinho relata ter acontecido mais de trezentos anos antes da restauração de Atenas, em 1500 a.C., os egípcios passaram a chamar de Ísis a deusa de Vênus e a seu filho de Hórus.
     Em 1827 os amonitas  fizeram parte da coligação dos hicsos que dominaram sobre Tebas  (No-Amon) e depois sobre todo o Egito, e ali instituíram o culto a Amom  (Sl 83:5-8), (*036).       

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     Entre 1930 a 1855 a.C. surge a estória da “estrela de Jacó”, na cidade de Luz, depois chamada Betel, que culminou com a profecia que Jacó fez no Egito, antes de  morrer, sobre o reino do Messias (Gn 28, 49:10, Nm 24:17, Jó 38:6,7).
     Esta estrela da Manhã (Vênus) ficou conhecida como   “estrela de Davi e estrela de Jesus (Mt 2:2, Ap 22:16, Jó 38:7).

Ismaelitas e Hagarenos

     Hagar, filha de Faraó do Egito, foi dada a Sara, mulher de Abraão, como serva, pelo dano moral que o Faraó lhe causou (Gn 12) (*037).                                                             
     Sendo Sara estéril, Sara deu Hagar a seu marido Abraão, para que ele, dela, lhe gerasse filho.
E Hagar gerou a Ismael (Gn 12:10-20 , 16), em 2073 a.C.

      Ismael era primogênito de Abraão e possivelmente neto do Faraó. Os ismaelitas participaram na coligação dos hicsos.
     Em hebraico o nome deste rei do Egito, nos dias de Abraão, era Par´ó, e este nome passou a ser um sinônimo de rei.
      Ismael tinha 16 anos quando foi apartado de Isaque, filho de Sara e Abraão (Isaque tinha dois anos); e junto de sua mãe Hagar, foi habitar no deserto de Parã.
      Sara pediu a Abraão que rejeitasse a Hagar e Ismael, porque não queria que Ismael fosse herdeiro junto com Isaque, seu filho.   Deus disse a Abraão que consentisse nisto.
Que não ficasse angustiado, porque faria de Ismael uma grande nação (Gn 21:13,18).    
      Ismael habitou no deserto de Parã, e de uma egípcia gerou doze filhos (Gn 25:12-18), e deles originaram-se os ismaelitas e os hagarenos, nome este em homenagem a Hagar.

      Os hagarenos vieram a liderar a coalizão dos “hicsos” (Sl 83:6-8) através de seu rei Agag I   (Nm 24:7) que submeteu todo o Egito, e tentaram lhes impingir o culto a serpente Apep, Apópis, o deus das trevas do planeta Apep, destruído por Vênus.
Sua tentativa foi vã, pois, por este tempo, os egípcios já haviam mudado o seu conceito sobre Seth (Apep) de um deus do bem para um deus do mal, e não lhe cultuaram mais.

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     Seth (Apep) que até 1931 a.C. formava com Vênus as “estrelas da alva” (Jó 38:7) foi destruída por Vênus e se tornou uma enorme serpente (cauda  de destroços) seguindo a Vênus.

Hicsos: os dominadores estrangeiros no Egito

     José morre em 1802 a.C. e não pôde ser enterrado em Canaã, porque se levantou novo rei (em 1827 a.C.), sobre o Egito, que “não conhecera”  José (Êx 1:8). Ou seja:
“não tomou conhecimento da importância de José pelo que ele fez de bom para o Egito”, pois, se esse rei fosse egípcio conheceria e daria a devida importância a José, que fora governador do Egito oitenta anos antes.

     Os hicsos começaram a reinar no Egito em 1827  (Sl 83:3-8).  
Esse novo rei era um Amu (hik-khoswet) como os egípcios chamaram os Hicsos e que significa dominadores estrangeiros.
     Maneton, sacerdote egípcio, que viveu no 3º séc. a.C. disse que os hicsos dominaram  o Egito  de 1730-1580*.
(*isto é controverso: o mais razoável é de 1855-1523 a.C, do ano da morte de Jacó até o nascimento de Moisés).
     A capital dos hicsos era Avaris ao sul de Gaza e Cades. Quando os hicsos governaram o Egito, se estabeleceram em Zoã (depois chamada de Tanis e de  San el-Hagar, em homenagem a egípcia Hagar, concubina de Abraão e mãe de Ismael).
      Zoã foi edificada sete anos depois de Hebrom (Nm 13:22).
 Hebrom já existia quando Abraão, com 137 anos, em 2022 a.C., comprou um campo nos seus arredores, para sepultar a Sara, sua mulher (Gn 23:1,2,19).

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      Esta coligação de estrangeiros (Hicsos), que invadiram e dominaram sobre o Egito, era liderada por Agag I, hagareno (agagita), mais os edomitas, ismaelitas, filisteus, amonitas, moabitas, gebalitas, amalecitas, os habitantes de Tiro, e o braço forte: os hititas da Assíria.
    Os israelitas os chamavam de “filhos de Seth” ou Apep, que significa “diabo” (Sl 83:2-8, Nm 24:17).

      Disse o novo rei (agagita da coalizão dos hicsos) do Egito:
“Eis que o povo dos filhos de Israel é mais numeroso e mais forte do que nós (agagitas).
 Eia, usemos de astúcia para com eles, para não se multiplicarem, e seja o caso que vindo a guerra, eles se ajuntem com os nossos inimigos, peleje contra nós e saia da terra” (Êx 1).

      A população do Egito, em 1802, era muitíssimo superior a dos israelitas (em redor de um milhão de egípcios, e a dos israelitas menos de nove mil) e preparados para a guerra, ao passo que os israelitas eram agropecuaristas.
      Esse novo rei não era egípcio, mas sim um invasor, que temia que os hebreus, em maior número do que eles (os agagitas), um desses povos invasores, se alinhassem com os egípcios, e lhes movessem guerra.
Esse novo rei era hagareno (agagita) que odiava aos israelitas, pelo mal que Sara fez a Hagar e a Ismael (Gn 21:8-21).
     Os descendentes de Jacó, em 1872, quando ele chegou ao Egito, aos seus 130 anos, eram setenta pessoas (Gn 46:27 , 47:28). Setenta anos depois, em 1802, não poderia ser mais de 8960 israelitas (fazendo-se um cálculo exagerado, em que essa população dobrasse a cada dez anos – Ex 1:7).

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     Trezentos e sessenta anos depois, em 1443, quando eles saíram do Egito, estima-se que havia 1.186.880 israelitas (seiscentos mil só de homens “Ex 12:37”).
 Por causa das aflições e escravidão à qual foram submetidos, sua população passou a dobrar só a cada 51,3 anos a partir do ano 1802 a.C.
     Havia um crescimento populacional vertiginoso nos períodos que Vênus e sua cauda (Set, Apep, Tifon ou Palas) assolavam aTerra, e isto explica a alta fecundidade dos israelitas (Êx 1:7).

Moisés e sua estranha justiça

     Moisés nasceu em 1523 a.C. no 323º ciclo octogonal de Vênus/Terra; e morreu um mês antes de 1403, quando  ocorreu o 338º ciclo octogonal.
 Moisés nasceu, viveu e morreu coincidentemente com os 15 ciclos octogonais de Vênus e Terra.                                                               
     Em 1483, no 328º ciclo octogonal, Moisés matou um egípcio e teve que fugir para Mídia, onde ficou mais quarenta anos, e ali casou-se com Zípora.
E aprendeu com o seu sogro Jetro/Reuel, sacerdote midianita, todos os estatutos e as leis sociais e religiosas, inclusive o culto a Deus, que ele viria a instituir entre os israelitas (Êx 18:12,20).      
     Moisés foi educado em todas as ciências (astrologia) dos egípcios (At 7:22,23).
     Em 1499, no 326º ciclo octogonal de Vênus/Terra, o reino de Creta foi totalmente destruído por um fenômeno cosmológico. Neste mesmo ano, segundo os gregos, Vênus “saltou” da cabeça de Júpiter, e, a cidade de Atenas foi fundada. Atenas, tanto quanto Minerva, é um dos nomes da deusa de Vênus.
     Moisés, com a idade de 120 anos, morreu no cume de Pisga, ou monte Nebo (Vênus), no penúltimo mês de 1404 a.C.; e ele foi sepultado pelo Senhor num vale defronte de Bete-Peor
(Dt 25:3,18   34 , Jd 1:9).
     A Bíblia diz que o corpo de Moisés foi disputado entre o arcanjo Miguel (Vênus) e o diabo (Set/Apep/Satã/Satanás), (Jd 1:9).
     A coligação dos hicsos (Sl 83:2-8) dominava e governava o Egito quando Moisés nasceu. Esta coligação (da qual os idumeus faziam parte) odiavam os israelitas, e afogaram no Nilo todos os meninos recém nascidos, em 1523 a.C.

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     Episódio semelhante ocorreu no nascimento de Jesus quando o rei Herodes, idumeu, mandou matar todos os meninos menores de dois anos em Belém e seus arredores.

     Dizem os comentaristas judeus da Torá, que Moisés desejou ser sepultado frente à Bete-Peor, como uma forma de expiação pelo pecado do povo israelita, quando se prostituíram com as filhas dos moabitas, em Sitim, e sacrificaram holocaustos a Baal, aos deuses delas (*039).
Como castigo, morreram de peste 24.000 mil israelitas, fora os que foram enforcados em Sitim, por ordem de Moisés (Nm 25).

     Mas por que, após quarenta anos de peregrinação e sofrimento no deserto, os israelitas voltaram a pecar por idolatria, já à entrada da Terra Prometida?
A antiga geração, que adorará o bezerro de ouro, no primeiro ano da saída do Egito, havia toda ela perecido?
A nova geração estava repetindo o mesmo erro? Ou seria o restante da velha geração que voltou a pecar por idolatria?
Sobre isto é dito:
“e abandonou a Deus, que o fez, desprezou a Rocha da sua salvação. Com deuses estranhos o provocaram a zelos, com abominações o irritaram. Sacrifícios ofereceram a demônios, não a Deus; deuses que não conheceram, novos deuses que vieram a pouco, dos quais não se estremeceram seus pais (Abraão, Isaque e Jacó) ...Porque um fogo se acendeu no meu furor e arderá até o mais profundo do inferno (do abismo, conforme a Torá), consumirá a terra ...” (Dt 32:15-17,22).
     O alta do incenso que Moisés mandara fazer tinha dois chifres (Vênus também tinha dois chifres, ou duas colunas no seu rastro). E sobre estes chifres se fazia, com sangue de bode, a expiação dos pecados do povo (Êx 30:1-10).
    Possivelmente este altar era o tabernáculo de Sicute, do qual nos fala o profeta Amós (Am 5:26).

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     Por outro lado há de se perguntas: por que o “Moisés” descrito 840 anos depois, pelos deuteronomistas, tão zeloso contra a idolatria, permitiu que os israelitas transportassem esses altares de “Sicute, Quium e Renfã, seu deus-estrela”, por 40 anos no deserto?
     A aparência de Vênus e sua cauda dupla se assemelhava a dois cornos ou chifres. Vênus foi cultuada primeiramente como um deus-boi e depois como uma deusa-vaca.
Vênus era um deus cultuado e adorado pelos sumérios que o chamavam de Inanna até 2080 a.C.
  – Entre1900 e 1500 os egípcios adoravam Ísis, a deusa de Vênus, mas, já no Êxodo (1443-1403) os egípcios o chamavam de deus Hórus.

  Moisés admitia a idolatria?

"Mas Deus se afastou e os entregou (aos hebreus) ao culto da milícia celestial... Apresentastes-me, vós, sacrifícios e manjares no deserto (do Sinai) por 40 anos, ó casa de Israel?
 Sim, levastes Sicute (Moloque) vosso rei (os hebreus não tinham rei; e quem reinava sobre eles era Vênus), Quium, vossa imagem, e o vosso deus-estrela (Saturno), que fizestes para vós mesmos...  Por isso vos desterrarei para além de Damasco (Babilônia), diz o Senhor, cujo nome é Deus dos Exércitos (Deus das milícias celestes... de todos os astros que há no céu)."               (Am 5:25-27, At 7:42-43).

   Quando os hebreus confeccionaram a imagem do bezerro de ouro, o fizeram por consentimento e pelas mãos de Arão; sacerdote e irmão de Moisés.
    Moisés, vindo do monte Sinai indignado contra aquela idolatria, destruiu e transformou aquela imagem em pó, e deu-a com água, e fez todo os idolatras bebê-la.
     Moisés mandou que cada um dos levitas que se puseram do seu lado, matasse a seu filho, ao seu irmão, ao seu amigo e ao seu vizinho que tivesse idolatrado.

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    Morreram 3.000 homens; mas, Arão, irmão de Moisés, e o responsável por aquela idolatria, nada sofreu (Êx 32)...dois pesos e duas medidas? – Estranha justiça essa de Moisés.

     Moisés, em outra ocasião, no Êxodo, fez uma imagem semelhante a uma serpente abrasadora, e a pôs sobre uma haste, afim de que todo o israelita mordido pelas serpentes do deserto, olhando para aquela imagem, fosse curado.
     Esta serpente abrasadora era semelhante a Vênus, que visto da Terra tinha a forma de uma serpente se contorcendo.
     Por 731 anos os israelitas cultuaram esta imagem, que chamavam de Neustã, feita por Moisés.
    Em 712 a.C. o rei Ezequias fez em pedaços àquela serpente de bronze, símbolo da idolatria dos hebreus (2Rs 18:4, 2Cr 29:3), dando início a reforma deuteronomista, que teve o seu ápice no séc.5ºa.C. e que culminaria no ortodoxismo judaico (judaísmo).

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