quinta-feira, 20 de outubro de 2011

"Deus dos Exércitos" - Que exército era esse?

 Deus dos Exércitos.

   A expressão “Deus dos Exércitos” ou “Senhor dos Exércitos” aparece pela primeira vez na Bíblia, por volta de 1080 a.C. pouco antes do nascimento do profeta Samuel (1Sm 1:3,11) e no reinado de Davi (1006-966 a.C.)(2Sm 6:18 e 7:8).

E é durante este reinado que aparece o Anjo do Senhor, entre a terra e o céu, com sua espada desembainhada na mão, estendida contra Jerusalém, para destruí-la.

Este Anjo destruidor já havia matado de peste a setenta mil em Israel, em três dias, pouco antes de se postar fixa e ameaçadoramente sobre Jerusalém.
E só não a destruiu pela misericórdia do Senhor (1Cr 21:11-27).

   Na sua quadragésima passagem pelo periélio, em 1001 a.C. o cometa Halley cruzou os céus da Palestina.

Na mesma época, em 1003 a.C. ocorria o 388º ciclo octogonal de Vênus e Terra.

Esta passagem forçada do Halley entre a Terra e Vênus, no ponto de conjunção destes planetas, puxou e esgarçou a sua cauda ou a do “cometa” Vênus, e isto, visto da Terra, parecia uma espada apontada contra ela.

Muitas vezes deve ter ocorrido este fenômeno, em que visto da Terra, estas caudas assemelhava-se a uma “cruz” ou de uma “espada revolvente” (Gn 3:24).

  Esta expressão “Deus dos Exércitos” também foi utilizada pelo profeta Amós, nos dias de Jeroboão II, rei de Israel, e de Uzias, rei de Judá, dois anos antes da destruição de Jerusalém por um tumulto cósmico, em 747.

  Todos os demais profetas também utilizaram esta expressão, com exceção de Joel, Jonas e Obadias, além de Daniel e Ezequiel, que estavam exilados em Babilônia.  (1Rs 19:10, Is 1:9, Jr 7:21, Os 12:5, Am 3:13, Mq 4:4, Na 3:5, Hc 2:13, Sf 2:10, Ag 1:2, Zc 1:3, Ml 1:9).

  A religião israelita era até o 8º séc. a.C. uma religião que levava muito em conta os astros.

Não se pode dizer que era uma religião astral, como as demais,  porque não era um astro superior que comandava todos os demais astros, mas Deus, o Criador de todas as coisas.

   Com Isaías começa o esforço dos profetas e depois, os escribas (deuteronomistas), para deixarem bem claro quem era o seu Deus (procurando se afastar da astrologia, a fim de não confundir o Criador com a criatura).

   Isaías diz quem é este Deus dos Exércitos:

  “Levantai ao alto os olhos e vede. Quem criou estas coisas?
   (É) Aquele que faz sair o seu exército de estrelas, todas bem contadas, as quais ele chama pelo nome; por ser ele grande em força e forte em poder, nem uma só vêm a faltar” (Is 40:26).

   “Já se ouve sobre os montes o rumor como o de muito povo, o clamor de reinos e de nações já congregados.
   O Senhor dos Exércitos passa revista às tropas de guerra...” “farei estremecer os céus; e a terra será sacudida do seu lugar, por causa da ira do Senhor dos Exércitos e por causa do dia do seu ardente furor” (Is 13:4,13, 1:7-9, 5:25-30).

   A catástrofe dos dias de Uzias foi apenas um prelúdio:
o Dia da ira do Senhor voltaria e destruiria a população “até que se assolem as cidades, e elas fiquem sem habitantes, e toda a Terra fique destruída” (Is 6:11).

  O Senhor dos Exércitos passa revista às tropas de guerra que estão sob o seu comando, e vêm estas tropas da extremidade do céu, com intenso rumor, para destruir toda a Terra.
   Não se trata, portanto, do exército assírio, babilônio, medo-persa, ou de qualquer outro exército de homens, mas, da milícia celeste: de astros, planetas e cometas (Is 1:7-9, 5:25-30, 6:11, 7:15-17, 13:4,13, 14:31, 18:3, 21:2-10, 22:5,9,13, 24:1,6,17-19, 28:2,15-18,21, 29:5,6).

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Corpos celestiais e corpos terrestres.

 “ Também há corpos celestiais e corpos terrestres; e, sem dúvida, uma é a glória dos celestiais, e outra, a dos terrestres.
Uma é a glória do sol, outra, a glória da lua, e outra, a das estrelas; porque até entre estrela e estrela há diferença de esplendor”  (1ºCoríntios 15:40,41).

Até o 4º século a.C. não havia distinção entre astros, a não ser pela sua grandeza e luminosidade.
Sol, estrelas, lua, planetas, asteroides eram tudo chamados de astros.
Foram os gregos os primeiros a classifica-los e distinguilos conforme a terem ou não luz própria; e a serem ou não o centro de uma comunidade de astros, em que tais astros circulavam a sua volta.
Estas classificações passaram a ser aceitas na Judéia, em torno do ano 50 d.C. conforme se presume deste ensinamento de Paulo citado acima.

Os povos da Antiguidade, tanto os judeus (e os primeiros  cristãos) quanto os gentios (pagãos) acreditavam que os astros (Sol, Lua, planetas, estrêlas) tinha vida anímica  (dotados de alma e capazes de agir segundo uma finalidade).

Os gentios (pagãos) consideravam estes astros como deuses,
já os judeus e os primeiros cristãos, os tinham como anjos de de Deus.

Os principais anjos para os judeus e os primeiros cristãos eram  sete: o arcanjo Miguel (Vênus), Gabriel (Marte), Rafael (Saturno), Uriel (Mercúrio), Baliel (Júpiter), Ithuriel (Urano), Amitiel (Netuno). 
  
Tais astros ou "anjos do Senhor"  desciam a Terra, travestidos de homens alados (corpos espirituais) para uma determinada missão, como vemos na Bíblia, por exemplo: quando Gabriel toca e fala com Daniel (Dn 9:21, 10:12) e quando Miguel e Gabriel falam com Cristo (Dn 12:5-7).
O anjo Gabriel falou com o sacerdote Zacarias  e depois foi levar as boas nova à Maria, mãe de Jesus (Lc 1:11, 26).
 O Senhor Deus (Cristo Jesus) e mais os dois principais anjos seus, Miguel e Gabriel, apareceram e falaram com Abraão, travestidos de homens espirituais (Gn 18:2).

Os deuteronomistas (sacerdotes e escribas judeus) foram os responsáveis por uma forte oposição à astrologia e a numerologia dos povos gentios (pagãos) a partir do 5º séc. a.C., pois, corriam o risco de o judaismo ser engolfado pelo zoroastrismo (a religião oficial do Império Persa).                                                                                                                              
 E para isso, basearam-se no Pentateuco (os cinco primeiro livros da Bíblia, chamados também de Torá), das quais as principais passagens sobre isso é Dt 17:3,  Lv 26:30  que proibia os judeus de consultarem os astros e de fazerem prognósticos e adivinhações, como resultados destas  consultas.
 Deus não proibiu o estudo astrônomico. Deus proibiu foi o culto, a adoração e a consulta (o falar e ouvir) aos astros.
Na Antiguidade a astronômia era chamada de astrologia. E nesta astrologia misturavam-se a "lógica" ou a razão do movimento dos astros, com a religiosidade e a história.
Hoje, há diferença fundamental entre Astronômia e Astrologia.                                                                                                      
  E é esta Astrologia praticada hoje  (quiromância, necromância, tarô, prognósticos, adivinhações, bruxarias, paranormalidade, telepatia,  etc.) e que no passado estava misturado com a ciência astronômica, que Deus proibe e condena.

Querubim é um dos anjos mais brilhantes, simbolizado no firmamento pelo astro que mais brilha, depois do Sol e da Lua, visto da Terra, que é a Estrela da Manhã  ou Vênus (Noga).
Esta era a estrela de Jesus, que também era chamada de estrela de Jacó,  estrela de Davi, e Miguel  pelos israelitas (Mt 2:2, Ap 22:16, Nm 24:17, Jó 38,6,7, Is 9:2, Lc 1:79, Dn 10:13 , 12:1).

O caminho ou o tempo de vida que o homem tem para  crer em Deus e conhecê-lo está estipulado entre 1-80 anos (Sl 90:9-12).
Este também é o tempo, de 75 a 79 anos, que o cometa Halley descreve a sua  órbita, em torno do Sol.
Ele é espada revolvente, a que guarda o caminho da árvore da vida (Gn 3:24).

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