quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Israel teve 13 tribos. O nº 13 é azarado?

Siquém, a vergonha de Israel

Diná, Simeão e Levi, acompanharam a Jacó, seu pai, na sua segunda ida à cidade de Siquém, em 1900. Junto com eles foi um bando.
Diná  com 16 anos e lá estando, saiu para ver  as filhas da terra.
Siquém, filho do heveu Hamor, tomando-a, a possuiu e assim a humilhou.
 Sua alma se apegou a de Diná, e amou a jovem, e falou-lhe ao coração.

Então disse Siquém ao seu pai: Consegue-me esta jovem para esposa.
Quando soube Jacó que Diná fora violada, calou-se, pois  seus filhos estavam  no campo cuidando do gado, e Jacó aguardou que eles voltassem.
Hamor foi falar com Jacó, e depois ele e Siquém foram falar com Simeão e Levi, e estabeleceu-se um acordo de casamento e de boa convivência, sob a condição imposta por Simeão e Levi, de que todos os heveus se circuncidassem, o que foi aceito de pronto por Siquém e Hamor.
Mas foi sob dolo e astúcia que os filhos de Jacó fizeram essa proposta. Os heveus se circuncidaram, e no terceiro dia, quando a dor era mais forte, Simeão e Levi mataram a Siquém e a todos os homens daquele lugar, saquearam todos os seus bens e levaram cativos as mulheres e os meninos dos heveus (Gn 34).

Israel teve 13 tribos:

Jacó esteve três vezes em Siquem: a primeira foi em 1904, quando veio de Padã-Harã e comprou um campo dos filhos de Hamor (Gn 33:18-20);   a segunda, em 1900, neste episódio de Diná e da matança dos heveus;   e a terceira, em 1895, quando José aos 17 anos foi dado como morto, quando na verdade, foi vendido aos ismaelitas (Benjamim ainda não tinha nascido. Nasceria neste ano, após a venda de José),  (Gn 35:16-18 , 37).

Jacó amaldiçoou a ira e o furor de Simeão e Levi para com Siquém e os heveus (Gn 49:5-7).

O próprio Jacó e seus descendentes trataram de reabilitar o nome de Siquém em Israel, e minimizar a traiçoeira, vingativa e inescrupulosa atitude de Simeão e Levi.

Esta reabilitação, entretanto, foi feita de maneira obscura e sutil por causa da vergonha que lhes causava.

E assim fizeram os israelitas:
Diná gerou a Bela. Bela era a 13ª  tribo de Israel, mas, posteriormente, foi relacionado como primogênito de Benjamim, quando na verdade era filho de Siquém, o heveu.
Bela gerou a Eí (Iri ou Ir).
Eí gerou a Mupim (Supim), Hupim e Maaca. Maaca foi mulher de Maquir (filho de Manasses) e geraram a Siquém, israelita.

O sangue derramado dolosamente de Siquém e dos heveus, permaneceu 570 anos nos descendentes de Israel, 1900-1330 a.C. (1Cr 7:l2,14,15,19 Nm 26:29-32),
 quando então, houve a guerra fratricida; onde doze tribos  eliminaram uma tribo (Jz 21:6) (se supõe que a tribo eliminada tenha sido a tribo de Benjamim, por causa da menção primeira neste versículo, mas, de fato foi a 13ª tribo, a tribo dos belamitas).

Bel e Baal e os “filhos de Belial”

Os israelitas chamavam, pejorativamente, a todas as pessoas más e perversas de “filhos de Belial” (Pv 6:12, 19:28).

Belial é uma junção de Bel e Baal.
      
O sufixo “el” em hebraico, ou “al” em aramaico tem o significado de Senhor, e em “Belial” estes sufixos estão juntos.

É possível também que na confusão das línguas em Babel, os povos não hebereus (hebreus descendentes de Heber, Gn 10:25) tenham passado a chamar Bel de Baal.

Baal era o nome do deus de Júpiter e depois de Vênus.

Baal era temido e adorado entre os povos pagãos, em suas passagens octogonais, pois, em algumas dessas passagens causava grandes catástrofe na Terra e disseminações de doenças e guerras entre os povos.

Entre os israelitas, Baal, era considerado um mau presságio e loucura, como vemos no nome “Nabal”, uma palavra advinda da junção de Nebo ou Nabu (Vênus) e Baal  (1Sm 25:25).

Assur, filho de Sem, gerou a Belo e Belo a Nino.
Assur fundou a cidade de Nínive (Gn 10:11 conforme a Torá) em homenagem a Nino.

Belo, provém de Bel, e, portanto, também os  semitas cultuavam a Bel na Antiguidade.

Ninrode, camita, descendente de Cam fundou a cidade de Babel que significa “porta de deus” e não “confusão” segundo os comentaristas judeus da Torá, que afirmam que  é uma junção de Bab =porta, e el = Deus (Gn 10:6-10 , 11:9).

Cremos que pode ser também Bab+Bel, ou a porta ou ponto em que um fenômeno cósmico, provocado por um planeta ou cometa, provocou uma grande catástrofe, que resultou na “confusão das línguas” em Babel.

Só 464 anos depois do nascimento de Sem, já em Abraão, aos 75 anos, é que os hebreus passaram a adorar ao Deus Altíssimo de Sem e aboliram  o culto a Bel.
Ainda assim, Isaque chamava ao seu Deus de Temor .

Já, em Canaã, por volta do ano 1330 a.C. quando Finéias, neto de Arão, era sumo-sacerdote em Israel, os israelitas passaram a abominar ao deus Bel dos pagãos.

Tudo indica que Bela e seus descendentes continuaram a cultuar a Bel, pois os israelitas os chamaram de “filhos de Belial”(Jz 19:22 , 20:13  1Sm 25:3,17,25,37 , 2Sm 16:5,7), e nesta ocasião, os israelitas fizeram a sua “limpeza racial”, matando a quase totalidade dos belamitas descendentes de Bela.

Bela, era filho de Diná e Siquém, o heveu, mas, foi enumerado como primogênito de Benjamin.

Os belamitas eram uma numerosa família ou subtribo dos benjamitas, no fim do Êxodo.

Assim, com um grande derramamento de sangue, os israelitas instituíram em definitivo a exclusividade do culto ao Deus de
Abraão, 754 anos depois que Abraão adorou e cultuou ao Deus de Sem.   

limpeza étnica” em Israel.

 No censo populacional realizado por Moisés, por volta do ano 1405, a tribo de Benjamim tinha 45.600 homens, com idade de vinte anos para cima, divididas em cinco subtribos: belamitas, asbelitas, airamitas, sufamitas e hufamitas (Nm 26:38-41).

Os descendentes de Bela (belamitas) também foram cinco: Esbom, Uzi, Uziel, Jerimote e Iri.
Totalizando 22034 homens (1Cr 7:7).

Os descendentes de Béquer, totalizaram 20200 homens.
E os descendentes de Jediael totalizaram 16200 homens
(1Cr 7:8-11). O total dos descendentes de Bela, Béquer e Jediael totaliza, portanto, 58.434 homens.
Há ai uma diferença de 12.834 homens (45.600-58.434).

Tudo indica que esta contagem de 58.434 homens, descendentes de Benjamim, tenha sido apurada no final da conquista de Canaã, por Josué, quando se distribui as terras pelas doze tribos, em  1388 a.C., dezesseis anos depois da morte de Moisés.

Na guerra fratricida de 1330 a.C., menciona-se 26.700  benjamitas.
Ou seja: setenta e três anos depois de Moisés, diz-se que os descendentes de Benjamim totalizava 26.700 homens (Jz 20:15).

Se tomarmos por base que os belamitas, em suas cinco subtribos, totalizavam 20.200 homens, teria então havido um crescimento populacional de 32,2%  ou 6.500 homens, em 73 anos; o que é perfeitamente exeqüível (uma taxa anual de 0,44%). Logo, esta tribo não era benjamita, mas, belamita.

Como já explicamos, os belamitas eram na realidade a 13ª tribo de Israel, e que por vergonha, superstição do nº 13, racismo, ou crença religiosa*, os israelitas incorporaram os belamitas à tribo de Benjamin (e pondo Bela como seu primogênito) reduzindo para doze o número do total dessas tribos israelitas.  

 (* anfictionia: comunidade que mora em torno de um santuário e que era composta por 6, 12 ou 24 membros de uma mesma clã).
Outro fato destacável é de que Judá, tribo irmã da tribo dos benjamitas, tenha sido escolhida para serem os primeiros a pelejar contra os benjamitas, num sinal evidente de que não se tratava dos benjamitas, mas dos belamitas; pois, como poderiam Judá e Benjamim se matar entre si, se ambas eram descendentes de Raquel? (Jz 20:18).

Tão logo termina essa guerra civil, os descendentes de Jacó (Israel)  se reúnem em Betel, diante de Deus, e fizeram grande pranto  e diziam “foi, hoje, eliminada uma tribo de Israel” (Jz 21:6).

 E a seguir, vão a Jabes-Gileade, outro reduto belamita e incoerentemente,  eliminam toda a população daquele lugar, exceto quatrocentas moças virgens, que foram dadas em casamento aos belamitas (e não benjamitas como é mencionado), e esses vieram a formar a menor família da tribo dos benjamitas, da qual descendeu o rei Saul (Jz 21 , 1Sm 9:21 e 11).

Maquir foi o patriarca da cidade de Jabes-Gileade.
Manassés gerou a  Asriel; Asriel de sua concubina síria gerou a Maquir.
Maquir casou-se com Maaca e geraram a Perez e Seres.
Seres gerou a Semida e Semida a Siquém, o hebreu.
Maaca era irmã de Hupim e Supim, que eram filhos de Ir e Ir era filho de Bela.

E Bela era filho de Diná, filha de Jacó, e de Siquém, o heveu, ou de Bela*, o horeu, rei de Seir (1Cr 7:7-19 , 8:3-7, Gn 46:15,21).
*O rei Bela residia em sua cidade Dinabá (Gn 36:32).
Teria sido este nome de cidade uma homenagem a Diná?

  Os belamitas nutriam um ódio aos levitas e seus descendentes, pelo  que Simeão e Levi fizeram aos siquemitas (Gn 34).

   Se a tribo de Benjamim fosse culpada do ato infame que aconteceu com a concubina do levita, certamente esse levita não teria esquartejado em doze pedaços a sua concubina já morta, e não teria dado uma parte dela aos benjamitas (Jz 19:29).

Logo, conclui-se que a tribo visada era a dos belamitas, a 13ª tribo de Israel, e que foi eliminada, nesta guerra fratricida.
Saíram todos os filhos de Israel (12 tribos) e se juntaram em Mispa (Jz 20:1,2) e foram dar combate a Gibeá.
Esta cidade era ocupada pelos belamitas (Jz 20:9,13, 19:22).
Logo, houve uma guerra civil entre as doze tribos de Israel contra a sua 13ª tribo, os belamitas (ou subtribo de Benjamim).
Não houve unanimidade entre todas as subtribos de Benjamim de participar desta guerra (Jz 20:12,13).

Por que o número 13 é número azarado?

"este mes vos será o principal dos meses; será o primeiro mes do ano."  (Êxodo 12:2)

Este primeiro mes, desde 1443 a.C. era o mes de abibe do calendário israelita (correspondente ao mes de março/abril de nosso calendário).       
  Até 715 a.C. este primeiro mês  também era o primeiro mes do calendário juliano dos romanos, e era chamado de o mes de Marte (ou março). Entretanto, Numa Pompílio, rei de Roma, acrescentou mais dois meses ao calendário, que é o mes de janeiro e fevereiro, em virtude da confusão reinante na quantidade de dias do ano, que passou de 360 para 365 dias (Veja texto sobre isto publicado no twitter e recanto das letras).

No dia 13 deste primeiro mes do ano, Vênus chocou-se com a Terra, e ambos ficaram enroscados por 40 anos no Êxodo, de 1443-1403 a.C.
 As dez pragas que abateram os egípcios ocorreram nos treze primeiros dias deste mes de abibe.                                           
 A nona praga, as trevas que se abateu sobre o Egito (*e por todos os quatro cantos do mundo) durou três dias (Êxodo 10:22).
 A décima praga, a morte dos primogênitos egípcios, ocorreu no dia 13 ´dos egipcios e que era o mesmo dia 14 dos hebreus.

No 14º dia os israelitas deixaram o Egito rumo ao deserto do Sinai (Êxodo 12:18, . Como o dia israelita inicia-se ao por do sol, e, o dos egípcios iniciava-se ao raiar do dia, este dia 14 dos israelitas era o mesmo dia 13 dos egípcios.

Os egípcios e todos os demais povos do mundo que baseavam o seu calendário no ano de Vênus, constataram estas catástrofes provocadas por Vênus na Terra, e tiveram pelo dia 13 do primeiro mes deste calendário, uma aversão e medo por este dia aziago (azarado).
Os israelitas, de uma forma sutil, camuflaram este 13, fazendo-o ser o seu dia 14 do primeiro mes, através deste ardil, de fazer o seu dia começar ao fim do por do sol; e desta forma evitar que o seu povo caisse em idolatria, temendo e adorando também a Vênus, como faziam os outros povos.
Mas, este episódio de "elimiar" a sua 13ª tribo, demonstra que os israelitas também temiam a Vênus e este dia 13.

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